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A EXPERIÊNCIA DA COMISSÃO DE CUIDADOS PALIATIVOS PEDIÁTRICOS JUNTO AO PROGRAMA DE ATENDIMENTO DOMICILIAR INTERDISCIPLINAR: UNINDO FORÇAS PARA GARANTIR O ACESSO A ALTA HOSPITALAR DE CRIANÇAS DEPENDENTES DE TECNOLOGIA
Resumo
Caracterização do problema: O Programa de Assistência Domiciliar Interdisciplinar (PADI) do IFF atende a pacientes pediátricos com doenças crônicas que dependam de equipamentos tecnológicos para sobreviver, as Crianças Dependentes de Tecnologia (CDT), mas que podem ser acompanhadas fora do ambiente hospitalar. A alta hospitalar de um paciente crônico exige cautelosa preparação. Inicialmente, é necessário conversar com a família, apreender o que sabem sobre o estado de saúde do paciente, se tem rede de apoio familiar, acessar suas expectativas e preocupações sobre a ida da criança para casa e quais são as condições de moradia dessa família. Deve-se discutir como se dará o atendimento após o paciente receber alta hospitalar, informando aos familiares sobre os procedimentos a serem realizados em casa, particularmente em momentos de agudização do quadro clínico, incluindo o treinamento de tais procedimentos e que profissional ou unidade de saúde procurar. Descrição da experiência: A Comissão de Cuidados Paliativos Pediátricos (CPPP) vem tendo um papel importante na construção da mediação entre a família, a equipe de saúde do hospital, a rede de atenção externa e o PADI, funcionando muitas vezes, como facilitadora dessa rede. Observamos, ainda, que essas atividades exigem um grande investimento de tempo, disponibilidade e interesse acerca das questões originadas do próprio cotidiano do serviço, pois mantêm vivos o estímulo às discussões e a busca constante pelo aprimoramento do saber/fazer compartilhado. Para que isso ocorra é fundamental ter uma boa rede de comunicação. Reuniões acontecem semanalmente, com as equipes envolvidas com intuito de discutir os planos de ação para os casos acompanhados. Com as famílias, as reuniões ocorrem de acordo com a percepção dos profissionais envolvidos, durante o contato com os familiares. Efeitos Alcançados: O aumento da comunicação entre os envolvidos favorece a organização do processo de alta hospitalar, a participação ativa da família em todo o processo de discussão do cuidado, integrando equipes, permitindo a troca de experiências entre profissionais e usuários. Recomendações: Recomenda-se a integração e a troca de experiências entre profissionais e usuários, promovendo o conhecimento das diferentes dimensões que caracterizam a atenção em saúde ao doente cronicamente adoecido. Esta conduta trará aos familiares, segurança e conforto, facilitando a continuidade do cuidado e valorizando os vínculos previamente estabelecidos.