Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PROJETO SAÚDE DO TRABALHADOR NA CAP 3.2
Fernanda da Motta Afonso, Jeanne Carvalho Aveiro, Claudia Nastari, Camila Costa Silva, Erica Rodrigues Silva, Flavio Henrique Zoner Rocha, Deborah Machado de Oliveira, Maria da Penha Vido, Valesca Barbosa Scofano, Carolina Cardoso Manso, Marcello Leite Pires de Oliveira

Resumo


Informações recentes da POF 2008 e 2009, o excesso de peso no Brasil atinge cerca da metade dos homens e das mulheres, sendo que o diagnóstico de obesidade foi visto em 12,5% dos homens e em 16,9% das mulheres, correspondendo a cerca de um quarto do total de casos de excesso de peso no sexo masculino e a um terço no sexo feminino. A inadequação alimentar e o sedentarismo têm papel fundamental na definição deste padrão corporal de excesso de peso. A Coordenadoria de Atenção Primária da região do Méier, Inhaúma e Jacarezinho (CAP 3.2/SMS-RJ) percebe a importância da manutenção das condições de saúde e bem estar favoráveis de seus profissionais. Diante dos indicadores nacionais de excesso de peso e a inadequação alimentar flagrada nas refeições dos profissionais deste setor, a CAP 3.2 prevê a necessidade de um acolhimento cuidadoso do seu corpo de trabalho.Descrição da experiência – Em novembro de 2012 foi realizada avaliação de indicadores sócio econômicos, estado nutricional, atividade física e pressão arterial de 229 funcionários da CAP 3.2. Durante o período de março a junho de 2013 foi feito um trabalho de acompanhamento mensal pelas equipes do NASF (Nutrição, Psicologia e Atividade Física) junto aos funcionários que apresentaram pelo menos um dos seus indicadores inadequados. Efeitos alcançados - Dos 229 funcionários, 85 (37,1 %) apresentaram sobrepeso, 37 (16%) obesidade grau I, 12 (5,2%) obesidade grau II e 5 (2,2 %) obesidade grau III. A circunferência de cintura (CC) mostrou que 44 funcionários (19,2 %) apresentam risco aumentado para doença do aparelho circulatório e 90 (39,3%) risco muito aumentado. Para o tabagismo pelo menos 26 (11,4 %) funcionários fumam, onde a maioria fuma menos de 1 maço por dia, porém há muito tempo, em média 20 anos. Apenas 98 funcionários (42,8 %) pratica algum tipo de atividade física de lazer, sendo as mais frequentes: caminhada, musculação, hidroginástica, lutas e dança. No indicador pressão arterial considerou-se como sinal de alerta, 27 pessoas (11,8%) e com pressão arterial elevada, encontrou-se 17 pessoas (7,4%). Através de um olhar mais subjetivo percebeu-se que durante os meses de acompanhamento muitos profissionais despertaram para o cuidado consigo. Recomendações – Dar continuidade ao Projeto com prioridade no aspecto da alimentação e nutrição dos profissionais e integrar com os setores da saúde bucal, atividade física e vigilância em saúde da CAP 3.2.

Palavras-chave


saúde; trabalhador; estado nutricional

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Cadernos de Atenção Básica, n. 12. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Departamento de Atenção Básica. Obesidade / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 108 p.

 

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Antropometria e análise do estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro, 2010.

 

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. Rio de Janeiro, 2011.

 

SMSDC. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil - RJ. Indicadores de saúde. Disponível em:  http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/exibeconteudo?article-id=156055. Acessado em 04 Out. 2011.