Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS VISITAS DOMICILIARES POR AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE
Mariana Guimarães da Silveira, Rafaela de Oliveira Bittencourt, Alessandra da Terra Lapa, Raissa Muniz Figueiredo, João Carlos Fialho, Jessica da Silva Ferreira, Paula Helena Rosa Marcelino

Resumo


Caracterização do problema: A educação em saúde na visita domiciliar (VD) ainda é um desafio tanto para o profissional de saúde quanto para o usuário/família devido sua dificuldade de aplicação. Se de um lado é necessário que o profissional não exponha preconceitos, saiba valorizar a subjetividade dos usuários, crie vínculos de corresponsabilidade e sobretudo, consiga identificar as necessidades em saúde, a partir do cotidiano destes indivíduos, para que estas sejam trabalhadas em conjunto. De outro, são os agentes comunitários de saúde (ACS), pertencentes á mesma comunidade e cultura destes usuários, que exercem essas ações de promoção em saúde. Em contrapartida, alguns dos usuários/famílias possuem um baixo nível econômico, cultural e social que atrelados, dificulta o interesse pelo auto-cuidado, tornando-se o maior desafio para eles, o empoderamento. Portanto, como tornar a educação em saúde mais eficaz na VD realizada pelos ACS? Descrição da experiência: O presente estudo se justifica pelo aumento significativo da implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no estado do Rio de Janeiro e a realização de VDs pelas acadêmicas de enfermagem como atividade parcial da disciplina de saúde pública. Acompanhadas de médicos, enfermeiros, técnico de enfermagem e ACS, foi vivenciado que as visitas têm caráter mais curativista do que preventiva. Efeitos alcançados: É notório que a realização das VDs possibilita a concretização da longitudinalidade, integralidade, acessibilidade e a interação entre o profissional e o usuário/família, principalmente no que concerne a promoção da saúde individual e coletiva. Além disso, permite evidenciar as reais necessidades que o usuário/família vivencia. E, sobretudo estabelece o rompimento do modelo biomédico, voltando-se à proposta do atendimento humanizado ao indivíduo como ser biopsicossocial. Recomendações: Criar espaços para que os profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) discutam sobre as VDs realizadas, visando à troca de experiências e sugestões para melhoria deste instrumento. Além disso, é fundamental que haja uma abordagem de educação permanente com estes profissionais, reforçando a importância do olhar sensível na visita, tendo uma escuta ativa, aberta para diálogo para com o usuário e sua família.

Palavras-chave


Educação em saúde; Visita domiciliar; Agente Comunitário de Saúde

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