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Introdução: A sífilis gestacional, apesar de apresentar diagnóstico simples e tratamento eficaz, ainda apresenta prevalência alarmante, principalmente em países pobres ou em desenvolvimento. O risco de transmissão vertical da sífilis varia de 30% a 100%, dependendo da fase clínica da doença na gestante. Em aproximadamente 40% das infecções intra-uterinas não tratadas ocorre o aborto espontâneo ou a morte perinatal (CAMPOS et al, 2010). Acredita-se que ocorram anualmente 12 milhões de casos novos de sífilis na população adulta em todo o mundo, 90% deles nos países em desenvolvimento (GALBAN, BENZKEN, 2006). Paradoxalmente, a sífilis é uma doença sexualmente transmissível que pode ser facilmente controlada, levando-se em consideração a existência de testes diagnósticos sensíveis, tratamento eficaz e de baixo custo (BRASIL, 2007). No estudo realizado por Costa et al (2013), onde foi feita uma análise epidemiológica no estado do Ceará dos casos de sífilis congênita, realizado em julho de 2010 a partir do banco de dados disponível no Núcleo de Informação e Análise em Saúde, que contém as informações das fichas do Sistema Nacional de Agravos de Notificação, mostrou que foram notificados 2.930 casos de sífilis congênita, demonstrando uma série histórica ascendente ano a ano no período de 2000 a 2009. O mesmo estudo acima citado ainda relatou que o tratamento inadequado das gestantes e a falta de tratamento dos parceiros mostraram-se como realidade no SUS-CE. Diante do que foi apresentado, o presente estudo é de extrema importância ao que concerne o tema aqui exposto já que estudos apontam à sífilis congênita como caso crescente no estado do Ceará. Objetivos: Identificar o número de internações hospitalares por Sífilis Congênita no estado do Ceará do ano de 2008 a 2012. Metodologia: Estudo do tipo epidemiológico descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal. Foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS – SIH/SUS, disponíveis no site do DATASUS, no estado do Ceará, internados por Sífilis Congênita de 2008-2012. Resultados: No estado do Ceará totalizou-se 1,898 internações hospitalares por Sífilis Congênita. Ocorre predominância das internações na faixa etária < 1 ano com 1,824 casos. No ano de 2008 ocorreram 14,8% das internações, no ano de 2009 ocorreram 16,9% das internações, no ano de 2010 ocorreram 18,9% das internações, no ano de 2011 ocorreram 23,3% das internações e em 2012 ocorreram 25,9% das internações. Conclusão: Ocorreu predominância de internações no ano de 2012. É notória a identificação crescente de internações do ano de 2008 a 2012. A enfermagem como profissão promotora de saúde deve atuar com o objetivo de minimizar as internações por sífilis congênita, atuando principalmente na Estratégia de ESF (ESF) e no pré-natal. Ressalto aqui a importância da identificação dos casos ainda durante a gestação no momento do pré-natal assim como o tratamento precoce de ambos parceiros.

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