Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE INTERAÇÃO ENTRE PALHAÇOS-DOUTORES E ADOLESCENTES ENFERMOS
Fernanda Leitão Costa, Bruna Santos Ximenes, Ana Thaís Sousa Barros, Matheus Morais Lima, Erlane Brunno Cunha Ferreira, Amanda Melo Vieira, Ana Letícia Vieira de Oliveira Pinheiro, Débora Veras da Ponte, Naiana Teles de Andrade, Monyque Coelho Fontenele, Ilya Holanda Herbster Moura, Marcelle Medeiros Dias, Jessica Gadelha Farias

Resumo


Caracterização do Problema: É comum observar sentimentos de tristeza, apatia e desânimo em crianças e adolescentes portadores de doenças graves, como o Câncer. Vários autores denotam a necessidade de humanização do atendimento em todas as faixas etárias, visando o alívio da dor e à capacidade de enfrentamento das dificuldades pelo paciente. Partindo-se deste princípio, a música mostra-se como um meio de linguagem estimulante e confortadora. Descrição da Experiência: Acadêmicos de medicina buscando fundamentação para aprofundar o elo existente entre palhaços Doutores da Alegria e crianças e adolescentes com câncer, inclinaram-se para a música como meio intervencionista para esta aproximação, visto sua ação como catalisadora de emoções profundas e como suporte à comunicação verbal e não verbal, reduzindo a tensão e a ansiedade ocasionadas por situações estressantes, como a hospitalização e a prática de procedimentos invasivos, além de contribuir para a redução da dor e melhora da qualidade do sono, sendo, assim, um valioso instrumento de distração. Dessa forma, questionava-se ao adolescente qual música ele gostaria de ouvir e, ao som do violão, o “Doutor da Alegria” tocava, cantava e seus companheiros dançavam a música escolhida. Simultaneamente, os palhaços dançarinos se encarregavam de convidar as crianças, os adolescentes e/ou os familiares a realizarem as mesmas atividades respeitando as limitações individuais de cada participante. Efeitos Alcançados: Houve uma melhora instantânea do humor, redução da ansiedade, indução à movimentação do corpo, satisfação do intelecto, sentimento de bem-estar, vivência de um senso de beleza e graça e promoção do conforto a todos que participavam das experiências. Através da música, observou-se que todos vivenciaram um momento lúdico no seu encontro com os palhaços e a música. Entretanto, esta estratégia conseguiu resgatar uma maior atenção dos adolescentes, que até então eram vistos como a faixa etária na qual os “Doutores da Alegria” encontravam maior dificuldade na abordagem. Recomendações: a intervenção musical proporciona um cuidado mais humanizado ao paciente, além de ser um recurso facilitador da comunicação. Como esperado, a música ofereceu aos adolescentes momentos de prazer que devem ser incorporados na terapêutica como estratégia interdisciplinar para a recuperação do paciente.