Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
O OLHAR CRÍTICO DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM SOBRE O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA NUMA COMUNIDADE CARENTE
Joao Carlos Fialho de Oliveira, Mariana Guimaraes da Silveira, Raissa Muniz Figueiredo, Thuany de Oliveira Abreu

Resumo


Caracterização do problema A enfermagem encontra um amplo campo de atribuições na saúde da comunidade, por isso os enfermeiros desenvolvem múltiplas atividades no campo da assistência, da gerência e da educação ampliando as suas responsabilidades no projeto da Estratégia de Saúde da Família. Assim, por um trabalho de campo da faculdade, surgiu a oportunidade de fazer o reconhecimento da relação entre o processo gerador saúde x doença e as condições de vida da população da comunidade de Niterói. Descrição da experiência O trabalho apresenta um relato de experiência de seis discentes do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Abordam aspectos da confecção do perfil sócio, econômico e cultural de uma comunidade carente no município de Niterói, estado do Rio de Janeiro, realizado entre os meses de junho e julho de 2009. Efeitos alcançados: Concluímos que essas atividades provocaram mudanças no pensamento dos acadêmicos sobre as dificuldades que as pessoas da comunidade enfrentam; assim como o olhar sobre o serviço de saúde, que não consegue assistir a toda população local, seja pela negação por parte dos moradores em aceitar o próprio serviço prestado pelos Enfermeiros e demais profissionais da saúde responsáveis por aquela área ou por dificuldades como a geografia do local, clima e distância entre o Módulo e a comunidade. Recomendações: Por meio de inquéritos de saúde é possível coletar dados para construir indicadores associados à saúde e não apenas às doenças, bem como sobre fatores de risco e os determinantes sociais do processo saúde/doença; e a partir do formulário foram encontrados os resultados que fortalecem o discurso da importância da prática da saúde aliada ao cotidiano da comunidade. Acreditamos que em relação ao nível de escolaridade dos moradores da comunidade, são expressos muitos constitutivos sócio-econômicos-culturais. Quem sabe seja o aspecto mais importante e esteja intimamente ligado ao estilo e hábitos de vida da população. Com forte tendência a quanto mais estudo, melhores condições gerais de saúde e doença. Elas tendem, por exemplo, a deter mais conhecimento sobre os assuntos inerentes a saúde e escolher os tipos de alimentos a se consumir; não sejam expostas a riscos de baixas condições de moradia em área violenta; sem esgoto e água tratados; possuam lazer; frequentem mais os consultórios médicos devido à facilidade da consulta até mesmo através dos planos privados.

Palavras-chave


estudantes de enfermagem; processo saúde-doença; comunidade carente

Referências


1. FACULDADE DE ENFERMAGEM. Missão e perfil. Disponível em <http://www.facenf.uerj.br/gr_inicial.php>. Acesso em 15 de junho.

2.  FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

3. BRASIL. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

4. COTTA, et al. Organização do trabalho e perfil dos profissionais do Programa Saúde da Família: um desafio na reestruturação da atenção básica em saúde.  Revista Epidemiologia Serviços de Saúde. v.15. n.3. Brasília. Set. 2006.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização.  Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 256p: il. (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Cadernos HumanizaSUS ; v. 2).

6. _______. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html >. Acesso em 16 de junho de 2013.

7. COTTA et. Al. Organização do trabalho e perfil dos profissionais do Programa Saúde da Família: um desafio na reestruturação da atenção básica em saúde. Disponível em < http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/1artigo_organizacao_trabalho.pdf >. Acesso em 17 de junho de 2013.

8. BRASIL. PORTARIA nº 648/GM de 28 de março de 2006. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

9. BOAS, L.M.F.V.; ARAÚJO, M.B.S. A.; TIMÓTIO, R.P.S. Prática gerencial do enfermeiro no PSF na perspectiva da sua ação pedagógica educativa: uma breve reflexão. Revista Ciência e saúde coletiva. v.13. n. Rio de Janeiro. Julho-Agosto. 2008.

10. SILVA, V.G.; MOTTA, M.C.S.; ZEITOUNE, R.C.G. A prática do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família: o caso do município de Vitória/ES. Revista Eletrônica de Enfermagem. v.12. n.3. 2010. p. 441-448.

11. BUSS, P.M. Promoção da saúde e qualidade de vida. Revista Ciência e Saúde Coletiva. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/csc/v5n1/7087.pdf >. Acesso em 17 de junho de 2013.

12. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Sistema de Planejamento do SUS: Uma construção coletiva: Plano Nacional de Saúde (PNS) 2008/2009-2011 / Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 168 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Cadernos de Planejamento; v. 9) Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sistema_planejamento_sus_v9.pdf>. Acesso em 17 de junho de 2013.

13. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. ed 3. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 60 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006; v. 7). Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf>. Acesso em 18 de junho de 2013.

14. BUSS, P.M. Saúde, Sociedade e Qualidade de vida. 2003. Disponível em <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=34&sid=8>. Acesso em 18 de junho de 2013.

15. COSTA, M.; LÓPEZ, E. Educación para la salud. Madrid: Pirámide, 1996. p. 25-58.

16. ALVES, V. S. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da Família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial, Interface - Comunicação, Saúde, Educação. v.9. n.16. p.39-52. Set 2004/fev 2005.

17. VASCONCELOS, E. M. Educação popular e a atenção à saúde da família. São Paulo: HUCITEC, 1999.

VASCONCELOS, E. M. Educação popular nos serviços de saúde. São Paulo: HUCITEC, 1989.

18. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: Ministério da Saúde, 1997.

19. CARTA DE OTTAWA. Primeira conferência internacional sobre promoção da saúde. Ottawa. Nov. 1986.

20. BUSS, P. M. Promoção e educação em saúde no âmbito da Escola de Governo em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública. Cadernos Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 15, sup. 2. p. 177-185, 1999.

21. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Curso de formação de facilitadores de educação permanente em saúde: unidade de aprendizagem – Análise do contexto da gestão e das práticas de saúde. Rio de Janeiro. FIOCRUZ, 2005.

22.  FACULDADE DE ENFERMAGEM. Grade curricular. Ementas. Disponível em <http://www.facenf.uerj.br/ementas/semestre1/ENF02_00270.pdf>. Acesso em 25 de junho de 2013.

23. VIACAVA, Francisco. Informações em saúde: a importância dos inquéritos populacionais. Revista Ciência e Saúde Coletiva. v. 7. n. 4. p. 607-621. 2002.