Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UMA AVALIAÇÃO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS
Daniel Zandim Ferreira, Carlos Pegolo Gama, Alvaro Percinio Costa, Rony Costa Almeida, Guilherme Navarro Rocha, Daiana Dutra Paula, Ludmila Carvalho Baeta

Resumo


Introdução: Há algumas décadas, o panorama da saúde mental brasileira tem a Reforma Psiquiátrica como seu marco num caminho de mudanças. A criação de aparelhos substitutivos aos antigos hospitais psiquiátricos trouxe várias alterações na abordagem do doente mental, sendo que uma delas refere-se à participação da Atenção Primária na rede de atendimento ao usuário portador de sofrimento psíquico. Surgem assim questionamentos sobre o preparo da Atenção Primária e das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) em atender a essa demanda. Questões como a medicalização, o excesso de encaminhamentos, a criação de estigmas levam à necessidade de maior compreensão dessa transição histórica do atendimento em saúde mental. Em Divinópolis, nota-se que a cobertura da ESF é ineficiente, relevando o papel das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Outra característica do município é a coexistência de um Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II) com a clínica São Bento Menni (Hospital Psiquiátrico) que realiza internações de caráter hospitalar. O município não conta com sistema de matriciamento nem com outros aparelhos substitutivos. Objetivo: Compreender e avaliar como está a assistência na área de saúde mental em uma Unidade de Atenção Primária do município de Divinópolis. Metodologia: A pesquisa foi realizada em uma Unidade Básica de Saúde do município de Divinópolis, MG, que fez parte de um projeto piloto da Secretaria Municipal de Saúde para implantar uma equipe completa de saúde mental (Psicólogo, Assistente Social e Psiquiatra) na Atenção Primária. Foram realizadas entrevistas piloto, visando o aprimoramento dos aplicadores e dos roteiros. Após isso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com uma amostragem proposital de 1 psicólogo, 1 enfermeiro, 1 médico, 3 usuários que possuam histórico na saúde mental e o coordenador da unidade. Os dados coletados serão analisados a partir da hermenêutica. Resultados: após a análise dos dados, constatou-se a presença de várias dificuldades de integração da rede, a renovação de receita de psicotrópicos por prazo indeterminado, internações e encaminhamentos desnecessários de usuários de saúde mental, o despreparo da equipe de ESF em lidar com esse tipo de demanda, a falta de estrutura da rede municipal de assistência em saúde mental e outras queixas relacionadas ao acesso à saúde pública no município.

Palavras-chave


saúde mental

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