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HEPATITES: RETRATANDO O PERFIL EIDEMIOLÓGICO
Resumo
As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, de distribuição universal, que têm em comum o hepatotropismo. Possuem semelhanças do ponto de vista clínico-laboratorial, mas apresentam importantes diferenças epidemiológicas quanto à sua evolução. Por esse motivo, torna-se essencial conhecer a distribuição das hepatites em um território. Como se distribuem? Quem acomete? Que incidências apresentam? O objetivo deste estudo é traçar o perfil epidemiológico das hepatites virais em Fortaleza. Trata-se uma pesquisa quantitativa, desenvolvida no município de Fortaleza. A coleta dos dados ocorreu nos meses de outubro e novembro de 2013 através do SINAN. A análise utilizou o Microsolf Excel XP versão 2007, onde tabulamos e analisamos os dados. Constatamos que entre os anos de 2009 a 2013, foram notificados 2.346 casos de hepatites virais, sendo ano de 2010 o de maior incidência, com 36,5% (856) casos, depois 2009 foram 28,2% (662) casos e 2011 com 12,7% (298), foram os três anos com os maiores registros. Quando distribuído por sexo temos o sexo masculino com 58,4% (1.446) dos casos e o feminino com 42,1 (1.042). A distribuição relativa a faixa etária tens a faixa de maior incidência a de 20 a 34 anos, sendo 28,2% (608) dos casos, seguido pela faixa etária de 35 a 44 anos, com 24% (415) e a de 50 a 54 anos com o registro de 17,6% (437) dos casos. Ao realizar a classificação etiológica dos casos de hepatites tens a hepatite tipo B com 23,6% (553), dos casos, seguido pela hepatite C com 22,7% (532), e as hepatite A com 11,2% (262), dos casos. Com relação a classificação diagnostica tivemos 32,1% (754) dos casos classificados como crônico, 20,2% (473) do tipo aguda e a grande maioria não tiveram classificação ficando como ignoradas. Com isso, conclui-se que o número de casos de hepatites virais ainda é alto em Fortaleza e o percentual de usuários mais acometido é do sexo masculino, na faixa etária de 20 a 34 anos. Identificamos que o a hepatite tipo B é a mais prevalente e a do tipo crônico é a que apresenta maiores índices. É importante a atuação das políticas de saúde priorizando estratégias que prevenção, identificação e tratamento precoce.
Palavras-chave
hepatites virais