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Introdução: Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica (CHIAVERINI et al., 2011). A nova lógica de atenção à saúde ao priorizar a realização de ações de saúde mental na atenção básica requeria abordagens mais específicas por parte dos profissionais de atenção básica na saúde mental. No entanto, as equipes de saúde mental foram absorvidas nos serviços sem qualquer revisão de seu processo de formação ou outras propostas de capacitação profissional. Foram se compondo com insuficiência de recursos humanos e pouca clareza do papel que deveriam exercer (SOMBINI, 2004). Objetivos: Conhecer a relação do apoio matricial e os processos formativos em um serviço de atenção psicossocial. Identificar demandas para a formação e a educação permanente e os seus limites para a realização de apoio matricial pelos profissionais do serviço pesquisado. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, de natureza descritiva e exploratória, desenvolvido no âmbito de um serviço de atenção em saúde mental (Centro de Atenção Psicossocial - CAPS Madeira Mamoré), no município de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, Amazônia Legal Brasileira. Resultados: Iniciar essa discussão é algo singular, pois os profissionais revelaram muitos dilemas pessoais e institucionais com raízes definidas nos seus processos de formação, especificamente na graduação. Revelam que a formação em saúde mental não é suficiente para subsidiar futuramente o profissional na sua atuação:  “Minha formação acadêmica não tem nada de Saúde Mental a não ser o básico”. (PEM4) “Há muito pouca informação na graduação sobre o atendimento em saúde mental”.(PEM4) Revelam um aprendizado originário dos serviços, quando através da observação, e o que é melhor, do exercício do trabalho em equipe apreenderam formas individuais e coletivas de abordar em saúde mental. Conclusão: O apoio matricial como tecnologia essencial dos processos de trabalho das equipes de saúde dos centros de atenção psicossocial merece reflexão por parte das políticas de educação permanente e dos processos formativos em saúde. Requer o aprendizado conjunto do trabalho em equipe e da realização de ações interventivas em saúde mental através da ressignificação de saberes e práticas compartilhadas.

Apoio matricial, formação, educação permanente, saúde mental