Anais do 11º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Interface - Comunicação, Saúde, Educação ISSN 1807-5762
Interface (Botucatu) [online], supl. 3, 2014
Anais do 10º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Interface - Comunicação, Saúde, Educação ISSN 1414-3283
Interface (Botucatu) [online], supl. 1, 2012
ATENDIMENTO A PACIENTES COM AVC: BENEFÍCIOS DOS PROTOCOLOS NA PERCEPÇÃO DOS ENFERMEIROS
Patricia Alves Maia, Clarissa Coelho Vieira Guimarães, Francisco Anibas Caxilé Filho, Tereza Kariny Pontes Barroso
Resumo
Introdução: O Acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte no mundo. O Estado do Ceará registra 20 mil novos casos de AVC por ano. Destes, quatro mil morrem em 30 dias e 5 mil ficam incapacitados (CAMINHA, 2009). Esse cenário começou a mudar a partir da inauguração do atendimento avançado no Estado, que usa um fluxograma protocolado e uma Unidade de AVC no Hospital Geral de Fortaleza - HGF, integrada ao SAMU, a maior do Brasil com 20 leitos (CEARÁ, 2009). Objetivos: conhecer o perfil dos enfermeiros no serviço de atendimento ao AVC do Hospital Geral de Fortaleza e identificar os benefícios da aplicação de protocolo padronizado no atendimento ao paciente com AVC. Método: É uma pesquisa de campo, com abordagem quantitativa, descritiva e exploratória, em um serviço de atenção terciária a pacientes acometidos de AVC. Os dados foram coletados de julho a agosto de 2011. Os participantes foram 33 enfermeiros, de um universo de 37. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada. Resultados: A maioria era jovem com idade em torno de 20 a 30 anos (72,8%). A maioria era do sexo feminino (91%), solteira (58%) e sem filhos (76%). Pouco mais da metade (52%) dos enfermeiros tinha outro trabalho, 57,6% trabalham mais de 144 horas mensais. A maior parte são profissionais recém-formados (69,7%); 69,7% informaram ser especialistas, destes 79% possuem especialidade relacionada à atividade. 60,6% acham que devem ser treinados todos os profissionais do hospital. O tempo de início do tratamento quando utilizados trombolíticos, segundo 93,9% dos enfermeiros foi estimado em menos de uma hora para aqueles que deverão ser submetidos à trombólise; para os demais o tempo foi estimado (30%) entre seis e doze horas. O tempo de permanência na unidade para os pacientes não complicados foi estimado por 72,7% entre seis a nove dias. Para os complicados, a maioria (69,7%) estimou entre 18 e 21 dias. Quanto a utilização de protocolos a avaliação dos enfermeiros mostra que 76% o considera capaz de agilizar e simplificar (16%) o serviço. Dentre os benefícios estão à otimização de tarefas (27,2%), redução de sequelas (21,4%) e complicações (19,4%). Sobre o benefício para o prognóstico quase unanimemente os enfermeiros avaliaram que melhorava (97%) e 100%, revelaram que também melhorava a assistência de enfermagem. 67% dos enfermeiros acham que é necessário fazer readaptações nos protocolos utilizados e desses, quase todos explicitaram que seria para adaptação à rotina do serviço (81%). 76% admitiu que os enfermeiros precisam de retreinamento e 83% especificaram a importância de educação continuada. O estudo das doenças cerebrovasculares tem avançado através de tratamento padronizados em protocolos que proporcionam melhor diagnóstico, tratamento e prognósticos aos pacientes. Os profissionais enfermeiros estão cada vez mais especializados podendo prestar assistência que corresponda às expectativas pacientes, instituições e comunidade em geral.
Palavras-chave
Acidente vascular cerebral; Enfermagem; Protocolo
Referências