Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (PEPACS): UMA EXPERIÊNCIA A COMPARTILHAR
Fernanda Tie Kumagai, Adriana Alves Novakowski, Jullien Dábini Lacerda de Almeida, Adriana Ferreira do Nascimento, Cristina Melendo Beck, Douglas Marcos Pereira de Faria, Lenice Inês Kolterman, Lilian Cristina Bittencourt de Souza, Liliane Maria dos Santos, Mario Luis Garcia Martins, Mateus Aparecido de Faria, Mayna Yaçana Borges de Ávila, Stefania Rosa da Silva, Victor Guillermo Sequera Buzarquis, Cristianne Maria Famer Rocha

Resumo


Caracterização do Problema: O Programa de Educação Permanente dos Agentes Comunitários de Saúde (PEPACS) surgiu a partir de uma iniciativa de alunos do curso de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em conjunto com o Distrito Sanitário Glória, Cruzeiro e Cristal (DGCC), da Secretaria Municipal de Porto Alegre, RS. Este Programa teve como objetivo apoiar o processo de Educação Permanente dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), através da problematização oriunda de suas práticas de trabalho. Descrição da Experiência: A experiência baseou-se na perspectiva dialógica de construção coletiva do conhecimento. O primeiro encontro teve como objetivo a apresentação do projeto e traçar o perfil dos Agentes para elaboração de uma estratégia de inclusão. Depois foi realizado o reconhecimento territorial, através de visitas às unidades de saúde, com rodas de conversas para melhor compreender as demandas e necessidades dos ACS, obtendo assim as palavras geradoras de Paulo Freire. Estas foram utilizadas para a definição das temáticas que mais despertavam interesse para os ACS debaterem/aprenderem sobre o próprio trabalho em saúde. Posteriormente, foram realizados três encontros para discussão e reflexão das temáticas e suas práticas. Efeitos Alcançados: Participaram do PEPACS 80 ACS, ficando evidenciado, a partir de suas falas, a sua insatisfação em relação à ausência de uma organização representativa sindical, como também a carência de espaços de discussão nas unidades e equipes de saúde que atuam, gerando um sentimento de desvalorização do trabalho. O esforço empreendido pelos ACS no seu cotidiano também foram referidos como sendo questões que os incomodam. Na avaliação do Programa os ACS solicitaram a continuidade e a inclusão dos demais trabalhadores da equipe de saúde no PEPACS. A realização do PEPACS aponta para alguns resultados que merecem destaque: 1) a necessidade de abertura e/ou fortalecimento de canais de comunicação entre os serviços de saúde e a Universidade, uma vez que esta trabalha com o objetivo de formar e qualificar trabalhadores; 2) a necessidade de fortalecer o reconhecimento e a importância dos ACS no âmbito da comunidade; 3) a importância do envolvimento dos gestores na condução de programas semelhantes, já que algumas das discussões e decisões tomadas durante o PEPACS influirão diretamente na organização dos serviços de saúde.

Palavras-chave


Educação Permanente; Agentes Comunitários de Saúde;

Referências


1. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004. 54 p.

2. BESEN, Candice Boppré et al. A estratégia saúde da família como objeto de educação em saúde. Saude soc. [online]. 2007, vol.16, n.1, pp. 57-68.

3. BRASIL. Portaria nº 198/GM, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e da outras providências . Brasília, 2004.