Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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RELATO DE EXPERIÊNCIA NAPS V (SANTOS) - PET SAÚDE MENTAL
Letícia Rodrigues da Silveira, Melissa Agda Silva, Claudia Bezerra, Daphini Lima Morais, Amanda Barros e Souza

Resumo


Caracterização do problema: O PET PRÓ Saúde tem como fio condutor a integração ensino-serviço-comunidade, levando à formação de rede de serviços no município de Santos. Para tanto, o programa de Saúde Mental visa desenvolver estratégias visando o matriciamento das ações de saúde mental na rede de Atenção Básica (AB). Identifica-se a necessidade de construção de uma rede de cuidados integrais que acompanhe os usuários em seu percurso terapêutico incluindo equipamentos da cultura, esporte, educação, e outros disponíveis na comunidade. Um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes atuam, num processo de construção compartilhada. Descrição da experiência: Para a organização do trabalho, um grupo de quatro alunos ficaram responsáveis por realizar o trabalho no Núcleo de Apoio Psicossocial V (NAPS V), que abarca o território dos bairros Campo Grande, Marapé, José Menino e Pompéia. Inicialmente foram selecionados alguns casos escolhidos pela equipe do NAPS V, de usuários que se enquadravam em critérios estabelecidos pela Secretaria de Saúde de Santos, que poderiam ser acompanhados pelo atendimento da atenção primária. Os critérios estabelecidos são: Se enquadrar em alguns transtornos mentais considerados leves (f32, f41, f 43) Ser portador de outros transtornos orgânicos Estáveis em seu quadro psicológico Usando até dois tipos de medicações controladas (benzodiazepínicos/antidepressivos) Efeitos alcançados e recomendações: O primeiro contato foi feito pelos bolsistas com o intuito de chamá-los para um grupo, a fim de mostrar outras alternativas e espaços de vida possíveis no território. Inicialmente a proposta era a realização de grupos com esses pacientes, mas por uma resistência da população em uma primeira tentativa, pensou-se em realizar o atendimento individual. Alguns casos já não eram tão leves, outros não queriam aderir ou não entendiam a proposta. A dificuldade surgiu quando, os pacientes que aderiram, encontravam dificuldades para serem atendidos pela equipe de atenção básica, da qual não possui nenhum aluno bolsista que possa fazer o acolhimento a esses usuários. O critério escolhido pela equipe da Unidade Básica do Bairro Campo Grande, foi receber um encaminhamento explicitando um pouco da história do usuário. Uma folha de rosto, onde resumia o quadro do paciente e sua jornada pelo Núcleo de Apoio Psicossocial. O processo está começando, mas propõe uma ampla discussão sobre o modelo de atenção atualmente vigente no Brasil.