Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ENSINO PROFISSIONALIZANTE EM ENFERMAGEM: PROBLEMAS E FACILIDADES NA/DA ATUAÇÃO DE ENFERMEIRAS-DOCENTES
Luciana Reis Pimentel, Silvana Lima Vieira, Virginia Crispina de Oliveira Gomes, Gilberto Tadeu Reis da Silva, Tatiana Reis da Hora, Deybson Borba de Almeida

Resumo


Caracterização do Problema: A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) tem demandado uma mudança do perfil do quadro de recursos humanos. Formar profissionais comprometidos com a lógica da organização dos serviços requer forte política intersetorial entre áreas da educação e saúde. Historicamente, o ensino profissionalizante tem sido um dos níveis de mais difícil enfrentamento no que diz respeito à concepção, estrutura e organização, por conta da sua natureza de mediação entre a educação fundamental e a formação profissional. Passam a sofrer interferências de questões didático-pedagógicas, contextos político, econômico, social em que estão inseridos (GALVÃO, 2012). Partiu-se do pressuposto que enfermeiras que atuam na docência no nível médio não possuem formação inicial e/ou continuada. Descrição da Experiência: Relato de experiência, com cinco enfermeiras, com objetivo de analisar problemas e facilidades na/da atuação docente, substanciado no referencial de Freiriano (2011), mediados pela questão norteadora: quais os problemas e facilidades na/da atuação docente no nível profissionalizante? Foram divididos em 4 momentos: exposição das dificuldades, problemas e facilidades na/da atuação do enfermeiro-docente; seleção de planos de curso dos componentes curriculares ; discussão de estratégias para lidar com as dificuldades e problemas e partilhar de conquistas e facilidades. Efeitos alcançados: Foram apontados: falta de acompanhamento das atividades teórico-práticas, de maturidade profissional, rotatividade de profissionais, contratação de estudantes de graduação, baixa remuneração, precarização de vínculos, inabilidade de condução em sala de aula na resolução de conflitos. Fragilidades de conteúdo dos discentes, relacionadas ao ensino médio-fundamental e cansaço devido à jornada de trabalho. Planos de curso baseavam-se em metodologias tradicionais, pautadas no tecnicismo e avaliação teórica por meio de prova. Apontaram como facilidade a flexibilidade na organização dos conteúdos e a falta de “fiscalização” das suas atividades. Recomendações: No que tange as estratégias institucionais, todos os professores relataram a articulação entre a instituição de ensino e o serviço, os campos de prática e aproximação com os preceptores, além do envolvimento da direção e integração com outros colegiados. Quanto as estratégias na formação para /na docência, apontaram para a realização de fóruns de discussão, seminários e acompanhamentos das práticas educativas/pedagógicas.

Palavras-chave


formação; enfermagem; ensino profissionalizante

Referências


GALVAO, Ena de Araújo; SOUSA, Maria Fátima de. As escolas técnicas do SUS: que projetos político-pedagógicos as sustentam? Physis,  Rio de Janeiro ,  v. 22, n. 3,   2012.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.