Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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EDUCAÇÃO PERMANENTE: DISPOSITIVO PARA MUDANÇAS NO COTIDIANO DE TRABALHO DE UMA UNIDADE DE SAÚDE ESCOLA
Geyse Aline Rodrigues Dias, Márcia Maria Bragança Lopes, Ana Cláudia Bragança de Souza Araújo

Resumo


Introdução: Como reorientação da capacitação de recursos humanos, a Educação Permanente em Saúde (EPS) constitui-se em uma ferramenta para a construção de um modelo de assistência que se aproxime dos ideais do Sistema Único de Saúde (SUS). A possibilidade de uma nova cultura profissional com integração da área assistencial com o ensino, voltada para as necessidades da população e para a qualificação do trabalhador, faz com que a instituição cumpra o papel de formador para o SUS. Objetivo: desvelar os principais problemas e as necessidades educativas dos profissionais de saúde, que contribuem para a determinação de sua prática no cotidiano do trabalho. Método: Estudo exploratório, com abordagem qualitativa realizado em uma Unidade de Saúde Escola vinculada a uma Instituição de Ensino Superior do município de Belém – Pará. Os sujeitos foram sete servidores lotados na Unidade. Os dados foram coletados por meio de entrevista e analisados com auxílio da técnica da Teoria Fundamentada nos Dados. Resultados: Os dados resultaram em duas categorias: “A dimensão da educação permanente para os profissionais de saúde”; “Consciência dos profissionais de saúde sobre a prática no serviço” e seis subcategorias: “O que é educação permanente”; “A importância da educação permanente”; “Desconhecimento sobre o processo de educação permanente”; “Relação interpessoal”; “Interesse na Educação Permanente no trabalho”; e “Dificuldades para o desenvolvimento da prática”. Desvelou-se fragilidade relativa à prática de educação permanente no cotidiano de trabalho dos profissionais, visto o alto grau de desconhecimento dos profissionais de saúde sobre esta temática. Percebeu-se a necessidade de implantação de propostas de EPS, a fim de melhorar a práticas do cotidiano do trabalho; a produção da saúde; estimular o compromisso e a responsabilização pelo processo de trabalho; e possibilitar aos profissionais de saúde um aprendizado significativo no local de trabalho. Conclusão: O processo educativo proposto pela EPS pressupõe um envolvimento crescente e contínuo dos profissionais da saúde, nesse sentido, considera-se importante o desenvolvimento de mais estudos na área da EPS, com o intuito de ampliar e melhorar a formação de recursos humanos garantindo o aprender a aprender, a qualidade do cuidado à saúde, democratizando os espaços de trabalho, fortalecendo o SUS e transformando realidades.

Palavras-chave


Educação em Saúde; Educação Continuada; Capacitação em Serviço.

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Política de Educação e Desenvolvimento para o SUS: caminhos para a Educação Permanente em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

CECCIM, Ricardo B. Educação Permanente em Saúde: desafio ambicioso e necessário. Interface- Comunic; saúde, Edu, v.9,n.26, p 161- 177, set. 2004/ fev 2005.

STRAUSS A, CORBIN J. Pesquisa qualitativa.Técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. 2 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2008.