Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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CAPS E TECNOLOGIAS SOCIAIS DE INCLUSÃO NO TRABALHO: O QUE APRENDEMOS NAS OFICINAS DE GERAÇÃO DE RENDA NA SAÚDE MENTAL
Maria Luiza Pereira de Souza

Resumo


Este relato tem por objetivo apresentar a experiência de estudantes de graduação em fisioterapia, em uma atividade extensionista voltada para a inclusão social de pacientes vinculados a Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esta atividade integra o “Programa Saúde Mental, Geração de Renda e Economia Solidária: novas tecnologias de inclusão social” desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação do Rio de Janeiro – IFRJ. Caracterização do problema: A exclusão social dos pacientes psiquiátricos no mercado de trabalho gera uma sobrecarga aos agravos de saúde (OMS, 2005). O transtorno mental não impedimento para a vida produtiva. Experiências de trabalho protegido junto a usuários de serviços de saúde mental indicam a possibilidade de uma vida laboral plena. É essencial entender melhor o impacto do trabalho, ou sua ausência, na trajetória desses pacientes. É importante que os CAPS incentivem o trabalho em equipe em todas atividades desenvolvidas no local; introduzir o trabalho cooperativo e os princípios da economia solidária; melhorar a aproximação profissional e os campos das práticas. Descrição da experiência: Nossa experiência está vinculada à participação em oficinas de artesanato com objetivo de geração de renda. A produção das peças de artesanato acontece de forma coletiva. São feitas peças como anjos, animais, capelas, fruteiras, bonecas, entre outros, com a técnica de papietagem. Durante a oficina participamos ativamente, ensinando técnicas de cortar, colar e pintar. As peças são vendidas em feiras de Economia Solidária e eventos de artesanato. Os usuários são pagos de acordo com a participação. As atividades são de grande valia, pois há interação entre os artesãos e os acadêmicos. Compreendemos o quanto esse trabalho contribui para nossa formação. Efeitos esperados: Esperamos que os usuários consigam autonomia e emancipação; que os CAPS apoiem e incentivem essa proposta, assim se construirá um espaço “terapêutico” integrado com os espaços de geração de renda. Recomendações: Que os CAPS possam cada vez mais se abrir para as experiências que buscam ampliar o acesso dos usuários e de suas famílias aos direitos sociais; que iniciativas de atividades de geração de renda possam encontrar apoio nas políticas de consolidação da rede ampliada de saúde mental; que haja investimentos para divulgação junto à população dos trabalhos realizados.