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O presente artigo é resultado de uma Oficina de Férias realizada com usuários do CAPSi Zaldo Rocha no Recife no mês de julho de 2013. Sabendo da importância do brincar no projeto terapêutico das crianças e entendendo ser nesta fase da vida onde se constrói o alicerce de sua subjetividade, Winnicott coloca que, o brincar é universal, uma forma básica de viver, e é somente no brincar que o indivíduo pode ser criativo. Ainda diz que “viver criativamente constitui um estado saudável, e a submissão é uma base doentia para a vida” (WINNICOTT, 1975, p. 95). Assim, nesta oficina foram realizadas brincadeiras que envolveram capacidades físicas, cognitivas e a interação social entre os participantes, pais e técnicos buscando o desenvolvimento biopsicossocial das crianças, o estreitamento da relação entre pais e filhos no brincar e o brincar com o outro. É na brincadeira em conjunto que a criança aprende a conviver em grupo, desenvolvendo sentimentos de afeto e respeito. Segundo Melanie Klein (1997), ao brincar, a criança pode representar simbolicamente suas ansiedades e fantasias e expressar seus conflitos inconscientes procurando superar experiências desagradáveis. Foram realizados quatro encontros, com temáticas que iam desde a construção de brinquedos, circuito de brincadeiras envolvendo atividades físicas, expressão corporal com música e oficina do cuidado com o outro através de plantação de sementes. Dessa forma, Foi possível promover oficinas ricas de significado, códigos e valores, potencializando momentos de expressão da subjetividade e resgatando sentimentos de cuidado e de responsabilidade através do brincar.

Serviços de Saúde Mental, Família, Desenvolvimento Infantil, Ludoterapia.