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DIABETES NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DOS ATORES DE UMA UNIDADE DE ESF NA CONSTRUÇÃO DA REDE DE CUIDADO
Resumo
Habitualmente não levamos em conta ou deixamos de considerar, que saúde não é um estado físico que se mantém estático. Acredita-se que desde que não cometamos abusos ou ensandices, um pouco de atenção e cuidado dentro do binômio saúde/doença são suficientes para nos avaliarmos seguros, pois seriamos detentores de meios que implicam diretamente a saúde e o seu controle. Descola-se dessa ideia inicialmente exposta, talvez o fato mais importante, pois ter saúde é um processo dinâmico, que se faz e refaz cotidianamente na vida das pessoas em uma relação direta com a história do sujeito, o padrão resposta estabelecido na sua cultura, à condição econômica e a construção moral que se acerca da doença e do paciente. Em outras palavras, desejamos relatar a experiência de um grupo de profissionais da unidade de ESF do Castelo/Santos/SP, que articulados com vários serviços e segmentos, e apoiado num PTS, vem analisando da trajetória do presente estudo, que adicionadas às razões já explicitadas e alguns problemas específicos da família apresentados no decorrer do tratamento da adolescente diabética, interrelacionando subjetividades que ajudam a compor a compreensão dialética pela equipe, a representação sobre a doença e sobre a jovem diabética, os preconceitos e o modo como os indivíduos aprendem ou não a lidar consigo mesmo e com os demais membros da família com quem se relaciona. A partir da manifestação da patologia, a qual se torna mais complexa de ser administrada à medida que aparecem os agravos e/ou quadros de descontrole da doença, crescem os desafios que se refletem sobre as habilidades teórico-metodológica e técnico-operativas dos profissionais que se dedicam ao atendimento da jovem paciente, que já apresenta complicações importantes. Particularmente o diabetes em adolescentes de família pobre ganha contorno de maior cuidado e apreensão, pois estamos expondo cenário de fragilidade, esgarçamento de relações e impossibilidades devido às questões sociais presentes na situação. À humanização presente nos atendimentos, á adesão da escola, de amigos e demais familiares, além do papel desempenhado pelos pais e irmãos, acrescenta-se a atenção regular e o monitoramento, o que mantém viva a energia para o cuidado que precisa ser permanentemente vitalizada. Quanto à nossa adolescente, é sobre ela que estamos debruçados.
Palavras-chave
projeto terapêutico singular,dolescência, diabetes, relações familiares, desigualdade social