Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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DIABETES NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DOS ATORES DE UMA UNIDADE DE ESF NA CONSTRUÇÃO DA REDE DE CUIDADO
Rosicler Aparecida Andrade, Jurema Quintela Lins

Resumo


Habitualmente não levamos em conta ou deixamos de considerar, que saúde não é um estado físico que se mantém estático. Acredita-se que desde que não cometamos abusos ou ensandices, um pouco de atenção e cuidado dentro do binômio saúde/doença são suficientes para nos avaliarmos seguros, pois seriamos detentores de meios que implicam diretamente a saúde e o seu controle. Descola-se dessa ideia inicialmente exposta, talvez o fato mais importante, pois ter saúde é um processo dinâmico, que se faz e refaz cotidianamente na vida das pessoas em uma relação direta com a história do sujeito, o padrão resposta estabelecido na sua cultura, à condição econômica e a construção moral que se acerca da doença e do paciente. Em outras palavras, desejamos relatar a experiência de um grupo de profissionais da unidade de ESF do Castelo/Santos/SP, que articulados com vários serviços e segmentos, e apoiado num PTS, vem analisando da trajetória do presente estudo, que adicionadas às razões já explicitadas e alguns problemas específicos da família apresentados no decorrer do tratamento da adolescente diabética, interrelacionando subjetividades que ajudam a compor a compreensão dialética pela equipe, a representação sobre a doença e sobre a jovem diabética, os preconceitos e o modo como os indivíduos aprendem ou não a lidar consigo mesmo e com os demais membros da família com quem se relaciona. A partir da manifestação da patologia, a qual se torna mais complexa de ser administrada à medida que aparecem os agravos e/ou quadros de descontrole da doença, crescem os desafios que se refletem sobre as habilidades teórico-metodológica e técnico-operativas dos profissionais que se dedicam ao atendimento da jovem paciente, que já apresenta complicações importantes. Particularmente o diabetes em adolescentes de família pobre ganha contorno de maior cuidado e apreensão, pois estamos expondo cenário de fragilidade, esgarçamento de relações e impossibilidades devido às questões sociais presentes na situação. À humanização presente nos atendimentos, á adesão da escola, de amigos e demais familiares, além do papel desempenhado pelos pais e irmãos, acrescenta-se a atenção regular e o monitoramento, o que mantém viva a energia para o cuidado que precisa ser permanentemente vitalizada. Quanto à nossa adolescente, é sobre ela que estamos debruçados.

Palavras-chave


projeto terapêutico singular,dolescência, diabetes, relações familiares, desigualdade social