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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTANTES ACOMPANHADAS NO PRÉ-NATAL E A DIFICULDADE DE EFETIVAÇÃO DO PRINCIPIO DE INTEGRALIDADE DO SUS
Resumo
O pré-natal é o acompanhamento imprescindível no período gravídico a fim de manter a integridade das condições de saúde do binômio mãe-filho. Durante a gravidez é necessário o acompanhamento da gestante com intuito de identificar e tratar doenças que podem trazer prejuízos à saúde, além de proporcionar um espaço de diálogo entre a mãe e os profissionais de saúde, que permite o esclarecimento das dúvidas, bem como o desenvolvimento de ações humanizadas de prevenção e promoção da saúde. Objetivo: Descrever o perfil das gestantes cadastradas em uma Unidade de Saúde da Família do município de Feira de Santana (BA). Método: O estudo é do tipo descritivo quantitativo de base documental, os dados são oriundos do SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) e das fichas perinatais. Foram selecionadas variáveis do âmbito social, econômico, cultural, demográfico e clínico das gestantes cadastradas no Programa de Pré-natal. A amostra compreendeu 44 gestantes, totalizando uma população de 100%. Para a análise destes dados utilizou-se o Pacote Estatístico SPSS versão 9.0. O critério de inclusão na pesquisa foram todas as gestantes cadastradas no Programa de Pré-natal, que realizaram pelo menos uma consulta entre os meses de janeiro, fevereiro e março de 2010. Resultados: A população estudada foi composta por mulheres com faixa etária superior a 19 anos, em sua maioria (70%), estas têm formação no ensino fundamental completo (47,5%), com união estável (45%). As gestantes iniciaram o pré-natal no 2º trimestre da gestação (52,5%), estão imunizadas (67,5%), e em uso de sulfato ferroso e ácido fólico (47,5%), com peso adequado (62,5%) e não apresentaram antecedentes pessoais patológicos (52,5%). Assim fica evidente uma baixa escolaridade das gestantes, o que dificulta a adesão ao pré-natal, bem como o início tardio do mesmo, evidenciando-se a dificuldade de acesso a esse serviço. Conclusão: Devido ao grande número de dados ignorados por ausência de registro, a construção do presente estudo permitiu visualizar a importância dos registros nas fichas perinatais, uma vez que os prontuários e os documentos do setor de arquivo médico e estatístico (SAME) servem como base para realização de pesquisa do tipo documental. Sendo assim, a precariedade dos dados clínicos dificulta a continuidade do cuidado à gestante e seu neonato, uma vez que o Sistema Único de Saúde tem como princípio a integralidade e a continuidade da assistência nos três níveis de atenção.
Palavras-chave
gestação; atenção básica; pré-natal