Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTANTES ACOMPANHADAS NO PRÉ-NATAL E A DIFICULDADE DE EFETIVAÇÃO DO PRINCIPIO DE INTEGRALIDADE DO SUS
Adje Silva Santos, Bianca de Oliveira Araújo, Illyane Alencar Carvalho, Renata Marques Silva, Taciane Alves de Oliveira Freitas, Manoela Cerqueira Reis, Tatiane Cunha Florentino, Jucielma de Jesus Dias, Luane Sales de Jesus, Mineia Araújo

Resumo


O pré-natal é o acompanhamento imprescindível no período gravídico a fim de manter a integridade das condições de saúde do binômio mãe-filho. Durante a gravidez é necessário o acompanhamento da gestante com intuito de identificar e tratar doenças que podem trazer prejuízos à saúde, além de proporcionar um espaço de diálogo entre a mãe e os profissionais de saúde, que permite o esclarecimento das dúvidas, bem como o desenvolvimento de ações humanizadas de prevenção e promoção da saúde. Objetivo: Descrever o perfil das gestantes cadastradas em uma Unidade de Saúde da Família do município de Feira de Santana (BA). Método: O estudo é do tipo descritivo quantitativo de base documental, os dados são oriundos do SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) e das fichas perinatais. Foram selecionadas variáveis do âmbito social, econômico, cultural, demográfico e clínico das gestantes cadastradas no Programa de Pré-natal. A amostra compreendeu 44 gestantes, totalizando uma população de 100%. Para a análise destes dados utilizou-se o Pacote Estatístico SPSS versão 9.0. O critério de inclusão na pesquisa foram todas as gestantes cadastradas no Programa de Pré-natal, que realizaram pelo menos uma consulta entre os meses de janeiro, fevereiro e março de 2010. Resultados: A população estudada foi composta por mulheres com faixa etária superior a 19 anos, em sua maioria (70%), estas têm formação no ensino fundamental completo (47,5%), com união estável (45%). As gestantes iniciaram o pré-natal no 2º trimestre da gestação (52,5%), estão imunizadas (67,5%), e em uso de sulfato ferroso e ácido fólico (47,5%), com peso adequado (62,5%) e não apresentaram antecedentes pessoais patológicos (52,5%). Assim fica evidente uma baixa escolaridade das gestantes, o que dificulta a adesão ao pré-natal, bem como o início tardio do mesmo, evidenciando-se a dificuldade de acesso a esse serviço. Conclusão: Devido ao grande número de dados ignorados por ausência de registro, a construção do presente estudo permitiu visualizar a importância dos registros nas fichas perinatais, uma vez que os prontuários e os documentos do setor de arquivo médico e estatístico (SAME) servem como base para realização de pesquisa do tipo documental. Sendo assim, a precariedade dos dados clínicos dificulta a continuidade do cuidado à gestante e seu neonato, uma vez que o Sistema Único de Saúde tem como princípio a integralidade e a continuidade da assistência nos três níveis de atenção.

Palavras-chave


gestação; atenção básica; pré-natal