Tamanho da fonte: 

Este trabalho é parte de uma das discussões presentes na dissertação de mestrado com bolsa financiada pela secretaria do estado do Pará (SEDUC/PA). Através de breves descrições históricas do período republicano no Brasil reunimos acontecimentos que abarcam o governo brasileiro da Primeira República até a Segunda República para colocar em xeque a intersetorialidade de ações políticas na escola no século XIX e início do século XX. O objetivo deste trabalho é analisar e dar visibilidade a práticas sistematizadas e autorizadas do cuidado com o corpo do aluno num período em que a escola começa a ser entendida institucionalmente e não somente como extensão da educação doméstica. O método utilizado foi a análise bibliográfica de obras que registram a historicidade dessas práticas, nas quais utilizamos autores como: Dayse Hora (2006), Marcus Aurélio Oliveira (2006), Vera Marques (2010), entre outros. Os resultados obtidos dessa pesquisa apontam para a prática escolar relacionada, preponderantemente, a um projeto de sociedade higienizada e civilizada; a difusão do discurso do progresso científico e a constituição de uma nova ordem de relações internacionais com o Estado Nacional brasileiro; condutas nos sujeitos subjetivadas por processos de organização, urbanidade e moralidade dos corpos nos espaços. Concluímos que a análise desses acontecimentos históricos mostra que as práticas de cuidado com a saúde do escolar estiveram atreladas à demanda do “cuidado com desenvolvimento econômico do país” por meio de discursos medicalizantes sobre a população. Por fim, nos remontamos ao pensamento de Michel Foucault (2012) sobre a microfísica do poder para também concluir que estas práticas não pertencem ao passado, mas compõem no presente novos agenciamentos de forças com novas operacionalidades de poder.

escola; promoção da saúde; subjetivação dos corpos