Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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RELAÇÃO CRIANÇA-IDOSO – DINÂMICAS FACILITADORAS DO SEU FORTALECIMENTO E BENEFÍCIOS MÚTUOS
Jocileide Sales Campos, José Airton Marques da Silva Júnior, José Hiago de Freitas Damião, Júlia Guedelha Araújo, Julia Lucena Domingues, Larissa Gomes Martins, Lucas de Brito Alves, Luciana Ribeiro Moura, Marcelle Medeiros Dias, Marcelo Nunes de Abreu Moraes, Marcio Coelho Parahyba Júnior, Marcos Gondim Rocha Alves, Mariana Silton Pinheiro de Araújo

Resumo


Caracterização do problema: Durante um dos projetos de pesquisa-ação desenvolvido sistematicamente por acadêmicos de medicina do 2º ao 3º semestre, orientados por professora, foi percebida em uma escola (Colégio B.E.I.J.O.), a presença de idosos responsáveis por alunos, e também a necessidade de fortalecer a relação criança-idoso, visando benefícios que pode proporcionar a ambos (ALESSANDRA OLIVEIRA, 2009). Trata-se de atividade curricular visando o conhecimento sobre a gestão na atenção à saúde. Descrição da experiência: organização e realização da comemoração ao Dia Nacional do Idoso com avós de alunos da escola e outros idosos da comunidade, com apoio da escola e do conselho de saúde local. A dinâmica “Guia e cego” - lúdica e facilitadora do entendimento infantil sobre as limitações do idoso e do estreitamento da relação com os avós foi inserida nas atividades do dia. Formadas duplas, um dos alunos, teve os olhos vendados e foi guiado pelo colega em um percurso. O guia conduziu o colega "cego" segurando sua mão. Depois, inverteram-se os papéis e o "cego" foi guiado apenas verbalmente. Indagados sobre sentimentos durante a atividade, as crianças de olhos vendados não apresentaram medo de cair, pois confiavam no guia. Os guias sentiram-se responsáveis pelo colega o que exigiu que fossem cuidadosos. Efeitos alcançados: abordando a relação com os avós e trazendo a vivência lúdica foi compreendido pelas crianças o possível apoio que um pode garantir ao outro seja dos avós em tarefas escolares ou da criança, por exemplo, em lembrar horário certo de remédios dos avós, sendo entendida a relação de confiança e apoio mútuos. Alguns comentaram “eu levo a vovó para caminhar, não quero que ela fique doente”. Comprometeram-se com esse cuidado e com o repasse sobre essas atitudes. Recomendações: A infância é o momento mais adequado para a introdução de conhecimentos e fazer uso de dinâmicas lúdicas mostra-se um excelente método tanto diagnóstico como influenciador de futuras atitudes, pois o efeito da brincadeira facilita o entendimento das crianças, tornando a aprendizagem mais atraente (SCHEILA CARDOZZO, 2007). Valorização da relação criança-idoso deve ser fortalecida como mecanismo de proteção a ambos, gerando sensação de bem-estar e ambiente de aprendizagem mútua, além de promoção da saúde da criança e do idoso.

Palavras-chave


Dinâmicas lúdicas; promoção da saúde; aprendizagem.

Referências


1 - Relação entre avós e seus netos no período da infância. Alessandra Ribeiro Ventura Oliveira; et al – Revista Kairós Gerontologia, São Paulo, 12 (2), novembro 2009: 149-58.

2 - A brincadeira e suas implicações nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento. Scheila Tatiana Duarte Cardoso; et al – Estudos e pesquisas em psicologia, UERJ, RJ, v. 7, n. 1, p. 92-104, abr. 2007.