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O SOS Emergência é uma ação estratégica do Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para qualificação da gestão e do atendimento de usuários do SUS nas maiores e mais complexas portas de entrada hospitalares de urgência e emergência no país.  Para cada instituição o MS oferta um(a) apoiador(a) para o desenvolvimento de atividades cotidianas relativas à atenção às urgências no ambiente hospitalar, à qualificação da gestão hospitalar e à integração da instituição à Rede de Atenção à Saúde. O realinhamento da linha de comando nas instituições selecionadas é intencionada com a obrigatoriedade da implantação do Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH), iniciativa do movimento de co-gestão com os hospitais  experimentado outras formas de tomadas de decisões.  Os trabalhadores da saúde, na grande maioria, não são formados para e raramente participam como sujeitos, com posicionamento e proposição crítico-reflexivo dos processos de trabalho que se encontram envolvidos, esta é uma demanda não explicita da ação estratégica. Uma decisão estrutural na realização na aproximação e desenvolvimento destas atividades, foi provocar estranhamentos nos trabalhadores a cada encontro à partir das atividades desenvolvidas, refletir coletivamente sobre tomadas de decisões e posicionamentos dos mesmos como sujeitos nas relações estabelecidas no espaço do trabalho e apostando no desenvolvimento do olhar crítico. A relação do apoio com a instituição é uma construção a ser realizada, não está dada e nem garantida e a complexidade ganha outra dimensão quando a mesma apoiadora na mesma ação estratégica recebe a incumbência de ser a facilitadora de aprendizagem em um curso de especialização em metodologia ativa. O casamento dos dois papéis não é certo e nem óbvio. O comum está na participação da formação do outro como sujeito, mas nem todos os objetivos são coincidentes. Este trabalho busca relatar a experiência da apoiadora e facilitadora que construiu os sentidos da experiência em si e nos outros, na relação com os trabalhadores membros do NAQH que tem experimentado processo de subjetivação, na explicitação de tomadas de posições, dos embates com defesa de ideias e nas análises de cenários. O que poderia ter sido uma atividade esquizofrênica e perdida de sentidos surge como experimentações potentes.

Apoio; Aprendizagem; Educação Permanente