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Este trabalho é parte de uma das discussões presentes na dissertação de Mestrado com bolsa financiada pela Secretaria do Estado do Pará (SEDUC/PA).  A UNESCO e o UNICEF em suas relações com a Educação tem se ocupado em coordenar as metas da política global do programa mundial Educação para Todos. Esses organismos multilaterais enfatizam a ampliação dos meios e do raio de ação sobre a educação escolar em matérias de saúde e de outros problemas sociais. O objetivo deste trabalho é analisar e problematizar as práticas da UNESCO e do UNICEF que produzem subjugação de realidades intersociais e locais na orientação de indicadores do corpo saudável e habilitado na escola. O método utilizado foi a análise documental de relatório do programa Educação para Todos no relatório Jacques Delors e do insumo do programa Saúde na Escola: diretrizes para implementação do projeto saúde e prevenção na escola. Dentre os principais autores desta pesquisa estão o filósofo Michel Foucault (2008) com a obra Segurança, território e população e as internacionalistas Mônica Herz e Andrea Hoffmann (2004) com a obra organizações internacionais: história e prática. Os resultados obtidos dessa pesquisa apontam para práticas de governamentalidade e políticas públicas no Brasil que vinculam indicadores de qualidade na educação escolar a estratégias que garantam redução de riscos e de vulnerabilidade sociais como marcadores de desenvolvimento do capitalismo global no sistema internacional contemporâneo; conjugam saúde com classificação do desempenho escolar por patologias, competências e identidades no sujeito. Concluímos que a análise desses documentos mostram em seus enunciados a medicalização de variáveis da existência que empobrece diferenças e singularidades no aluno; o sujeito ser político se torna objeto das ações políticas que se ampliam do coletivo escolar para o coletivo social.

Governamentalidade; UNESCO e UNICEF; aluno saudável