Tamanho da fonte: 

Caracterização do problema: No currículo do curso de medicina de uma faculdade particular há um módulo que promove vivências dos discentes em cenários de práticas em unidades básicas de saúde (UBS) e na comunidade, incluindo também outros equipamentos sociais. São organizados pequenos grupos de discentes com um professor orientador. Diagnóstico de situação e planejamento de ações em saúde estão nesse contexto para ofertar ao aluno chance de compreender a gestão de políticas e programas de saúde. Descrição da experiência: alunos do 2º semestre, após capacitação, utilizando a ficha “A” do SIAB (sistema de informação da atenção básica) em visitas domiciliares e entrevistas em grupo focal com profissionais, usuários da área da UBS e representante do conselho local de saúde obtêm dados que permitem identificar problemas. Estes são priorizados e explicados criando suporte diagnóstico para elaboração de projetos de intervenção em cada grupo/área de UBS. A produção das informações deve permitir compreender o processo saúde-doença (Branco, 2001) Efeitos alcançados: os alunos adquirem conhecimento técnico, transformam sua compreensão sobre o SUS (sistema único de saúde) e ganham um olhar holístico sobre a comunidade. Elaboram o plano de ação e procuram cumprir seu cronograma de atividades. Envolvem diversos setores nestas atividades. Realizam monitoramento que pode mostrar necessidade de inserir, excluir, alterar atividades. Utilizam planilha auxiliar facilitadora do monitoramento (Campos, 2006). Ao final, já no 3º semestre, fazem avaliação dos resultados e apresentam em encontros com seus pares e professores, após uma apresentação na própria comunidade. Verificam cumprimento dos objetivos, eficácia, efetividade e eficiência do projeto. Em alguns casos, posteriormente procuram, também, conhecer impacto das atividades. Recomendações: durante a formação dos profissionais de saúde é importante que seja mostrado ao aluno o modo de agir dos que fazem o SUS – coletar e registrar dados, construir indicadores e conhecer, além do processo diagnóstico e terapêutico das doenças. Os acadêmicos devem saber usar mecanismos que possam modificar a produção das doenças. Identificar possibilidades de atuar com vistas à inclusão da promoção da saúde, da prevenção das doenças. Compreender a delicadeza e a robustez do processo decisório na política e programação para a saúde pode ser mostrado por seu docente orientador.

Planejamento em saúde; políticas de saúde; avaliação de projetos