Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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FORMAÇÃO TÉCNICA DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE NA QUALIFICAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE
Elisete Casotti, Marcia Valeria Leal Guimaraes, Marcela Alves Abrunhosa

Resumo


No início da atuação do Agente Comunitário de Saúde (ACS), não havia atribuições específicas para sua atuação e não tinha exigência mínima de escolaridade, bastava ser morador da comunidade em que atuava. Seu ingresso acontecia pela indicação das lideranças locais. Com a aprovação do SUS e a criação, pelo Ministério da Saúde, do Programa de Agente Comunitário de Saúde (1991) e do Programa de Saúde da Família (1994), a figura do agente passa a ocupar um espaço na rede municipal de saúde, ainda numa condição precarizada de seleção e vínculo e não como um profissional em sentido estrito, pois não dispunha de saber específico ou certificado por instituição reconhecida. Entretanto, inicia-se um processo de valorização, atribuindo-lhes atividades e ações próprias, identificando perfil e realizando um esforço de capacitação. A atual mudança de modelo da política nacional de saúde de APS amplia o foco na Estratégia de Saúde da Família (ESF) e tem na figura dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) atores fundamentais na inserção e movimentação das equipes. Pensando numa estratégia de qualificação desses profissionais da Atenção Primária (APS) do município do Rio de Janeiro a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem investindo na formação técnica de seus trabalhadores. No ano de 2006, iniciou-se a formação dos agentes com a 1ª etapa do Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde (CTACS), em parceria com a Escola Técnica Isabel dos Santos (ETIS). Nesta ocasião 500 ACS concluíram a etapa 1 de 400hs de acordo com o previsto pelo Referencial Curricular para o Curso Técnico de ACS (2004). A sequencia da formação técnica, etapas 2 e 3 (800hs), se deu no ano de 2011 e 2012 com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV -Fiocruz), onde se formaram cerca de 200 ACS. A formação contou com profissionais da SMS que atuaram como preceptores e tinham um papel importante na ligação entre o conteúdo teórico e a aplicação prática nos territórios. O curso teve como objetivo geral, a formação em serviço dos trabalhadores do SUS. Além disso, visou oferecer aos profissionais subsídios teórico-práticos que colaborem para uma prática crítica, reflexiva e inovadora, contribuindo com a formação de trabalhadores cidadãos, comprometidos com as novas práticas em saúde, com os avanços tecnológicos e com o fortalecimento do SUS, melhorando os processos de trabalho e integrando ações da vigilância em saúde na atenção primária. O objetivo desta proposta de trabalho é apresentar a experiência do município do Rio de Janeiro na formação técnica dos agentes comunitários de saúde O investimento na formação técnica pelo município é considerado como uma estratégia necessária para consolidação e qualificação da atenção primária, que possibilita que o trabalho no território seja qualificado e tenha seus fluxos otimizados através do planejamento das atividades.  O objetivo da SMS é dar sequencia a formação técnica a todos os ACS que atuam no município do Rio de Janeiro.

Palavras-chave


agente comunitário de saúde; atenção primaria;