Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
PERCEPÇÕES DOS PRESIDENTES DE ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS ACERCA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Heluana Cavalcante Rodrigues, Francisco Freitas Gurgel, Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes, Francisca Lopes Souza, Maria Socorro Araújo Dias

Resumo


A Estratégia Saúde da Família (ESF) constitui-se como um das principais políticas instituídas pelo Setor Saúde, para desencadear, fomentar e contribuir com o desenvolvimento de processos favoráveis para a construção de espaços saudáveis e harmônicos, na relação homem-natureza. Na perspectiva de organização da equipe, as ações da ESF devem ser desenvolvidas junto à comunidade, de forma que a população participe de forma ativa, com um olhar para as necessidades e problemas de saúde local. Assim, nesse contexto, as associações comunitárias funcionam como um importante aparelho social de articulação e representatividade da força dos moradores de cada território para a mobilização de interesses comuns e, consequentemente para a resolução dos problemas e necessidades inerentes ao processo saúde-doença. O estudo objetivou analisar a percepção dos presidentes das associações comunitárias acerca da Estratégia Saúde da Família. Para o desenvolvimento do estudo optou-se por realizar uma pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa, com 12 presidentes das Associações Comunitárias (AC) da sede do município de Sobral. Utilizou-se uma entrevista semi-estruturada com análise dos dados por categorização. Os sujeitos estudados percebem benefícios da ESF para o território, como a melhora do acesso aos profissionais de saúde, as medicações e aos exames, garantido dessa forma não somente a cura de suas doenças, mas a prevenção de diversas enfermidades. Bem como a vantagem quando existe parceria entre ESF com as AC, ressaltando que os resultados tendem a serem superiores. Destacam o bom envolvimento com as gerentes e com o gestor municipal. Reconhecem as dificuldades da atuação das equipes da ESF diante das diversidades do território e também da estrutura física de algumas unidades. Dessa forma, tem entre suas lutas diárias a busca pela conquista de novas unidades de saúde, mais ambulância e médicos, a falta de saneamento básico e o problema do lixo. O estudo mostrou que os presidentes das associações apresentaram uma boa visão acerca do trabalho desenvolvido pela equipe da ESF e sua relação com a rede de serviços de saúde do Sistema Municipal. Compreendem as facilidades, mas, sobretudo as dificuldades que as equipes encontram muitas vezes para prestar uma atenção de qualidade. E com um maior diálogo entre AC e ESF as comunidades terão muitos benefícios, pois com essa parceria todos são beneficiados, profissionais, o usuário e a comunidade.

Palavras-chave


EstratégiA Saúde da Família; Participação comunitária; Setor Saúde