Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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CLASSIFICAÇÃO DO RISCO FAMILIAR SEGUNDO ESCALA DE COELHO-SAVASSI EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DO RECIFE-PE
Maria Gabriella Pacheco, Ana Catarina Alves, Maria Clara Cavalcanti, Gabriela Carla Costa, Felisberto de Paula Porto, Eline Mendonça, Paulo Savio Goes

Resumo


Introdução: Para viabilizar a Estratégia da SAÚDE DA FAMÍLIA, é importante a compreensão do contexto familiar, entendendo que o processo saúde-doença é determinado pelo meio social, cultural, pelas crenças e atitudes. Entre as ações programadas encontra-se a prática sistemática da visita domiciliar realizada pela equipe na residência do comunitário, observando as demandas exigidas por ele e seus familiares, bem como o ambiente onde vivem. Além disso, a visita possibilita a identificação de sentinelas de risco, as quais são determinantes de acordo com a vulnerabilidade social da família. Assim, podem ser delineadas ações de prevenção de doenças e agravos. A escala de risco familiar Coelho-Savassi é um instrumento capaz de avaliar o risco à saúde das famílias (através de um escore, onde R1 é o menor e R3 o maior risco) subsidiando os profissionais no planejamento e organização dos serviços da ESF. Objetivo: Verificar o risco das famílias através da aplicação da Escala de estratificação do risco familiar de Coelho-Savassi. Método: O estudo foi de caráter descritivo do tipo transversal, com a seleção aleatória de 324 Fichas A das famílias de 6 microáreas. Os dados foram analisados de acordo com a escala de Coelho e Savassi, a fim de se determinar o grau de risco de cada uma das famílias em estudo. Na análise descritiva foram apresentadas distribuição de frequência por cada sentinela de avaliação. Resultados: A sentinela de relevância sanitária apontou que 25,6% dos domicílios apresentavam risco para baixas condições de saneamento, 25,9% para utilização compulsiva de drogas lícitas e /ou ilícitas, que apresentem potencial para causar dependência química, e 33% de domicílios para a sentinela desemprego. A escala também considera domicílios com indivíduos menores de 1 ano (4%) e maiores de 70 (29,6%), hipertensos (42,6%) e diabéticos (15,4%) dentro da classificação de risco. Outra relevante sentinela é a relação morador/cômodo, onde 14% apresentaram relação “Maior que 1”, ou seja, mais moradores que cômodos. De acordo com o escore final, 87% das famílias estudadas apresentavam pelo menos uma das sentinelas de risco. Conclusão: A aplicação da escala evidenciou fatores que podem pôr em risco a saúde das famílias, contudo ela não é sensível quanto ao número de indivíduos com determinada sentinela, ou seja, generaliza o risco para uma sentinela independente no número de indivíduos que possam apresenta-las.

Palavras-chave


Saúde da Família; Ficha A; fatores de risco