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O estudo toma como objeto a política de educação permanente em saúde pretendendo discutir abordagens para a análise dos processos, programas e práticas desencadeados pela EPS. O objetivo geral do estudo é analisar a política de educação permanente em saúde, considerando sua contribuição para novos modos de pensar e fazer a Gestão, Atenção, Formação e participação social no SUS. Neste trabalho apresentam-se resultados parciais do estudo no que tange à fase 1 caracterizada como análise documental. Foram levantadas políticas de educação permanente implantadas no período de 2000 a 2013. Os documentos foram submetidos a um modelo de análise de políticas com elementos da corrente institucionalista e da abordagem Foucaultiana. Os resultados indicam que a EPS na agenda política do SUS é marcada por continuidades e rupturas em função das mudanças de conjuntura nas diferentes loco-regiões, com desenhos e perspectivas variadas. As ações foram inicialmente desenvolvidas pelo Ministério da Saúde produzindo a capacitação de profissionais da área de saúde, induzindo a criação de estruturas de apoio à EPS, fomentando municípios e estados a assumirem a condução das propostas. Com efeito, as diretrizes políticas foram posteriormente expandidas para estados e municípios em parceria com as instituições de ensino. As edições da política introduziram novos mecanismos reguladores que foram, ao longo do tempo, modulando o conceito de EPS vigente. É preciso superar os desafios da efetivação dos dispositivos dos Colegiados de Gestão Regional (CGR) e Comissões Permanentes de Integração Ensino Serviço (CIES) como espaços da gestão da PNPES. Entende-se que esse é um processo de construção contínua e determinante do potencial que a EPS apresenta para a mudança do modelo assistencial.

Educação permanente em saúde; Recursos humanos em saúde; Enfermagem; Sistema Único de Saúde (BR).