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A formação e a carreira nos rumos de um profissional é um processo de alta complexidade, em virtude do acelerado crescimento dos com conhecimentos disponíveis e dos limites do alcance da especialização como recurso para atribuir núcleos de saber para diferentes profissões. Assim, buscar uma formação acadêmica na área da saúde, que contemple um novo espaço de aprendizado que aconteça no cotidiano das pessoas e das organizações, a partir dos problemas enfrentados na realidade, é um dos maiores desafios enfrentados atualmente no setor. Este contexto, aliado a minha inserção no Bacharelado em Saúde Coletiva e ao estágio de vivência na realidade do Sistema Único de Saúde (VERSUS), promoveu importante dispositivo de aprendizagem, gerando a necessidade de repensar, dentro dessa diversidade de olhares, como o processo de formação e educação dos trabalhadores e estudantes do campo da saúde coletiva, está integrada a este núcleo de saberes. Durante a vivência tivemos oportunidade de observar e refletir sobre a organização do SUS, conhecer melhor as mais diversas profissões e dialogar sobre o quanto o fomento a interdisciplinaridade fortalece as ações voltadas a necessidades de saúde da população. Portanto, não trazemos como motivador deste repensar apenas afirmar a importância da transversalidade da saúde coletiva nas demais áreas, mas de que forma, e o quanto o ingresso destes sanitaristas no processo de trabalho no âmbito das instituições de saúde, tem o potencial de agregar novas relações de complementariedade às demais profissões do setor, sem prejuízo da singularidade, especificidade e identidade do campo de atuação de cada profissional. Assim, trabalhar estratégias que se voltem para a qualificação de profissionais que atuem neste cenário, além de gerar novo saber, pode criar novas relações entre os profissionais da saúde, contribuindo na melhora do cuidado ao usuário. Nesse contexto, o projeto VERSUS, que segundo Ceccim (2011), produz destaque em dois eixos, a “vivência” e “realidade” do SUS, é estratégico enquanto aprendizagem, pois para além de oportunidade de realizar estágio numa equipe multidisciplinar, na integralidade da atenção e na descentralização da gestão e dos processos de trabalho, produz reflexão crítica, e gera sentido aos estudantes, com consequente desejo de ação no cenário.

SAUDE COLETIVA, SISTEMA UNICO DE SAUDE,