Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERFIL DE CRIANÇAS EM TRATAMENTO PARA O CÂNCER EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM FORTALEZA-CE
Tereza Fabianne Aires Martins Pereira, Daniele Lima de Assis, Gessyka Vieira Alves, Anne Fayma Lopes Chaves, Hérica Cristina Alves de Vasconcelos, Rebeca Silveira Rocha, Mônica Oliveira Batista Oriá

Resumo


Câncer infantil é a denominação para um grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que podem ocorrer em qualquer local do organismo. As neoplasias mais frequentes na infância são as leucemias (que acometem os glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). No Brasil, a partir dos dados obtidos do registro de câncer de base populacional, observou-se que o câncer infantil varia de 1% a 4,6%. Das crianças acometidas pela doença, 70% podem ser curadas. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico e clínico de crianças com câncer. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, com 82 crianças em tratamento do câncer em um centro pediátrico do câncer localizado em Fortaleza, referência para o estado do Ceará. A coleta de dados ocorreu entre agosto e novembro de 2013, utilizando um formulário contendo dados socioeconômicos e aspectos clínicos da doença. A análise dos dados foi realizada com auxílio do programa Epi Info 3.3.5.1 e considerou análise descritiva, com medidas como frequência, média e desvio padrão. Após a apresentação da pesquisa, os acompanhantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido autorizando a inclusão da criança no estudo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (protocolo nº 294.779). Resultados: A idade das crianças com câncer variou de 1 a 17 anos, com média de 8 anos (DP: 4,87). Predominou o sexo masculino (53,6%) e a etnia branca (56,1%) entre as crianças. A maioria (69,5%) procedeu do interior do estado e, quanto à escolaridade, estavam cursando o ensino fundamental (56,1%). Clinicamente, predominou o diagnóstico de leucemia linfocítica aguda, com 26(31,7%) crianças, seguido de leucemia mieloide aguda (19,5%) e tumor cerebral (13,4%), com média de 15 meses de tempo de diagnóstico (DP:16,05). Estavam em tratamento por quimioterapia 84,1% delas, queixando-se mais frequentemente de náuseas e vômitos (79,3%) e alopecia (15,8%) como efeitos colaterais. O número de internações variou de 1 a 27, com média de 7 internações por criança (DP:6,80). Conclusão: Esta pesquisa fornece um diagnóstico situacional de crianças acometidas por câncer na região e favorece à elaboração de  ações que visem à assistência mais qualificada e humanizada, minimizando os danos causados pelo adoecimento e tratamento do câncer.

Palavras-chave


Perfil de Saúde; Criança; Câncer