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PERFIL DE CRIANÇAS EM TRATAMENTO PARA O CÂNCER EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM FORTALEZA-CE
Resumo
Câncer infantil é a denominação para um grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que podem ocorrer em qualquer local do organismo. As neoplasias mais frequentes na infância são as leucemias (que acometem os glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). No Brasil, a partir dos dados obtidos do registro de câncer de base populacional, observou-se que o câncer infantil varia de 1% a 4,6%. Das crianças acometidas pela doença, 70% podem ser curadas. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico e clínico de crianças com câncer. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, com 82 crianças em tratamento do câncer em um centro pediátrico do câncer localizado em Fortaleza, referência para o estado do Ceará. A coleta de dados ocorreu entre agosto e novembro de 2013, utilizando um formulário contendo dados socioeconômicos e aspectos clínicos da doença. A análise dos dados foi realizada com auxílio do programa Epi Info 3.3.5.1 e considerou análise descritiva, com medidas como frequência, média e desvio padrão. Após a apresentação da pesquisa, os acompanhantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido autorizando a inclusão da criança no estudo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (protocolo nº 294.779). Resultados: A idade das crianças com câncer variou de 1 a 17 anos, com média de 8 anos (DP: 4,87). Predominou o sexo masculino (53,6%) e a etnia branca (56,1%) entre as crianças. A maioria (69,5%) procedeu do interior do estado e, quanto à escolaridade, estavam cursando o ensino fundamental (56,1%). Clinicamente, predominou o diagnóstico de leucemia linfocítica aguda, com 26(31,7%) crianças, seguido de leucemia mieloide aguda (19,5%) e tumor cerebral (13,4%), com média de 15 meses de tempo de diagnóstico (DP:16,05). Estavam em tratamento por quimioterapia 84,1% delas, queixando-se mais frequentemente de náuseas e vômitos (79,3%) e alopecia (15,8%) como efeitos colaterais. O número de internações variou de 1 a 27, com média de 7 internações por criança (DP:6,80). Conclusão: Esta pesquisa fornece um diagnóstico situacional de crianças acometidas por câncer na região e favorece à elaboração de ações que visem à assistência mais qualificada e humanizada, minimizando os danos causados pelo adoecimento e tratamento do câncer.
Palavras-chave
Perfil de Saúde; Criança; Câncer