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A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHADORES DE SAÚDE NO CONTEXTO DO SUS
Resumo
Introdução: No contexto do SUS, o Ministério da Saúde assume a responsabilidade pela formulação de políticas e de práticas que orientem a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores de saúde. Várias estratégias já foram propostas e executadas, mas não se conseguiu mudanças profundas na qualidade da atenção à saúde, apesar de estas terem aproximado as instituições de ensino dos profissionais de saúde. Nesta direção, a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) foi criada em 2004 e implementada em 2007, com o intuito de promover a aprendizagem no trabalho, estando o processo de aprender e ensinar inserido no cotidiano do trabalho. De acordo com esta política os processos educativos dos trabalhadores de saúde devem ser orientados pela Educação Permanente em Saúde (EPS). Objetivo: Descrever as propostas contidas na Educação Permanente em Saúde (EPS) para a formação dos trabalhadores de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza bibliográfica, cujo material empírico se constituiu de 59 artigos que foram identificados nas bases de dados LILACS e SCIELO através dos descritores educação permanente/Sistema Único de Saúde. Destes, 13 publicações foram escolhidas através dos seguintes critérios de refinamento: artigos completos, exclusão de textos coincidentes e seleção de textos de interesse. Para analisar os dados utilizou-se o método de análise de conteúdo temática, sistematizado nas seguintes etapas: leitura seletiva, analítica e interpretativa do material coletado com identificação das unidades temáticas e síntese final. Resultados: Os resultados apontaram que a EPS deve ter como principal objetivo a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho, tomando como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde. Propõe, assim, que as atividades educativas sejam contextualizadas com a realidade do trabalho em saúde tendo a participação dos trabalhadores na identificação das necessidades de aprendizagem. A metodologia de escolha deve ser a problematização, tendo como principal estratégia o diálogo e a construção coletiva do conhecimento. Conclusão: Ao se adotar a proposta da EPS, os processos educativos são contextualizados com o mundo do trabalho, permitindo assim a transformação das práticas profissionais e da organização do trabalho.
Palavras-chave
Educação Permanente em Saúde; Trabalhadores de Saúde; Política Nacional de Educação Permanente em Saúde