Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA O IDOSO: EVIDÊNCIAS SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA EQUIPE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM SUA PREVENÇÃO
Valdirene Vieira dos Santos Soares, Valter Ribeiro Soares Júnior, Maura e Silva Rosa, Joana Francisca de Sousa, Liana Dantas da Costa e Silva, Layreson Teylon Silva Fernandes de Sousa, Eliene Vieira dos Santos Borges

Resumo


Introdução: A violência constitui-se como a forma mais primitiva e inferior de poder. Seu uso se direciona especificamente para castigar, fazer mal e destruir. Pode ser classificada em física, psicológica, financeira, sexual e negligência e independente da forma como se conceitua ou aplica, implica sofrimentos inimagináveis por quem a vivencia. No idoso, um dos membros mais vulneráveis do quadro familiar, esse sofrimento é acentuado quando imposto pela família no seu próprio domicílio, de forma covarde e perversa. Considera-se que o papel protetor da família aos seus membros é de fundamental importância e que a assistência no domicilio é uma boa proposta no sentido de prevenir a violência contra o idoso, tendo em vista a possibilidade de monitorização dos cuidados dispensados a este indivíduo no meio familiar.  Objetivos: Analisar através de evidências a incidência de violência doméstica contra o idoso e a contribuição da equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) à sua prevenção. Metodologia: Estudo qualitativo realizado pelo método da Revisão Integrativa com dados coletados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), resultando em 04 artigos.  Resultados: Identificou-se no estudo que a maior parte das agressões ocorreu no domicílio do idoso. A violência psicológica foi a mais frequente, se­guida da física, da financeira, de negligência e de violência sexual. Dentre os fatores de risco destacaram-se: relações familiares desgastadas, idosos dependentes, dificuldades financeiras, isolamento social, fatores culturais e socioeconômicos, distribuição de heranças e migração dos jovens. A maior parte dos agredidos foram mulheres com mais de 80 anos. Os que mais agrediram foram os filhos, seguidos das filhas, noras, genros e esposos. Nos artigos selecionados, verificou-se a ausência de evidências científicas que comprovassem o papel da Estratégia Saúde da Família na prevenção da violência doméstica contra o idoso.  Conclusão: Constatou-se a crescente ocorrência da violência doméstica contra o idoso- principalmente a psicológica, promovida pela família e em especial pelos filhos e filhas e que não havia evidências da atuação da ESF no sentido específico de prevenção. Evidenciou-se a carência de estudos sobre a temática e a necessidade de pesquisas e intervenções para enfrentar a questão dos maus-tratos contra idosos através de uma rede integrada de atendimento e de apoio social.

Palavras-chave


Violência Doméstica; Idoso; Maus-Tratos ao Idoso; Saúde do Idoso