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A Política Nacional de Humanização (PNH) criada no ano de 2003 traz uma proposta que tem o objetivo de efetivar os princípios que norteiam o Sistema Único de Saúde (SUS) no dia-a-dia das práticas de assistência à saúde e gestão. No entanto, uma década depois de sua criação, alguns princípios básicos que constam em suas diretrizes não conseguiram ser efetivadas nas práticas de saúde. Entende-se que humanizar é prestar um atendimento de qualidade vinculando os avanços tecnológicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais (BRASIL, 2004). A humanização supõe uma troca de saberes que se dá, entre os atores envolvidos no processo de produção em saúde, incluindo as relações estabelecidas entre acompanhantes e profissionais de saúde. É importante frisar que o acompanhante é o representante da rede social da pessoa internada que a acompanha durante toda sua permanência nos ambientes de assistência à saúde (BETTINELLI; ERDMANN, 2009 apud FERREIRA et al., 2013; BRASIL, 2008). Nesse sentido, o profissional de saúde deve ter a sensibilidade de perceber que o acompanhante deve ser acolhido, ter apoio e atenção, pois ele pode se sentir angustiado frente à situação que vivencia e pela rápida mudança que ocorre em sua vida cotidiana ficando, muitas vezes, perdido e não saber a quem recorrer nestes momentos. Pensando nisso, A equipe de humanização de um hospital público de belo horizonte realiza semanalmente, uma reunião que tem como objetivo acolher esse acompanhante e proporcionar um momento para escuta qualificada Dessas pessoas, compartilhar sentimentos e emoções, esclarecer dúvidas quanto ao funcionamento do hospital e do setor, orientar sobre normas de biossegurança e realizar dinâmicas que levem a uma reflexão sobre a importância do trabalho em grupo. Os efeitos da reunião são bastante positivos e permite desvelar demandas que contribuem para a construção efetiva da PNH no cotidiano de trabalho.

humanização;enfermagem