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PROJETO PLANTÃO ALEGRE: HUMANIZAÇÃO NA FORMAÇÃO ACADÊMICA POR MEIO DO CUIDADO DO PACIENTE ONCOLÓGICO
Resumo
Caracterização do problema: O câncer é uma experiência traumática, sobretudo para o paciente pediátrico. No contexto da hospitalização este é submetido a medicações e procedimentos invasivos que o incluem num estado de sofrimento contínuo e marcante. Não raro, percebe-se a descaracterização da essência infantil, pois a hospitalização e a debilidade física impossibilitam o brincar, facilitam perda vínculos sociais e viabilizam a vivência de um estresse psicológico por ter uma doença muitas vezes fatal como o câncer. Nesse contexto, a humanização em saúde vem sendo estratégia utilizada para promover atividades lúdicas como uma forma de contribuir para o desenvolvimento psicossocial dos pacientes apesar de sua doença. Descrição da experiência: O Plantão Alegre foi fundado pela Faculdade de Medicina Unichristus com intenção de priorizar a humanização no cuidado ao paciente oncológico pediátrico. O grupo de acadêmicos previamente selecionados que integram este projeto embasam suas ações em experiências semelhantes. A equipe de clown-doutores realiza atividades lúdicas, como jogos, conto de estórias, pinturas e desenhos, danças, teatro e malabarismo em duas instituições em Fortaleza. A Unidade Oncológica do Hospital Infantil Albert Sabin e o Lar Amigos de Jesus são frequentados aos domingos pela manhã. Lá os integrantes fantasiados interagem com os pacientes, propiciando momentos de descontração que aproximam o enfermo da realidade à qual estava acostumado, promovendo momentos em que a criança experiência o breve esquecimento de sua condição. Além disso, estimula-se a expressão de cada criança para entender-se as dificuldades particulares no enfrentamento da doença e contribuir para sua superação. Efeitos alcançados: Observa-se em cada vivência a transformação da rotina do paciente através da figura do clown-doutor, o que enriquece a relação médico-paciente e contribui para uma melhor adesão ao tratamento. Os acadêmicos humanizam o seu aprendizado através da percepção da enfermidade além do seu significado biológico, direcionando sua atenção para o processo de adoecimento próprio de cada indivíduo, o que reflete a formação de profissional comprometido com promoção de saúde e não apenas no tratamento de patologias. Recomendações: A vivência de ações como esta compõe a formação de um caráter social humanista raro, que prioriza a manutenção da existência digna e foca na pessoalidade de cada indivíduo. É necessário reproduzir ações similares num contexto global.
Palavras-chave
câncer; palhaçoterapia; clown; humanização; clown-doutores