Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PROJETO PLANTÃO ALEGRE: HUMANIZAÇÃO NA FORMAÇÃO ACADÊMICA POR MEIO DO CUIDADO DO PACIENTE ONCOLÓGICO
Marcelle Medeiros Dias, Matheus Morais Lima, Fernanda Leitão Costa, Jessica Gadelha Farias, Ilya Holanda Herbster Moura, Bruna Santos Ximenes, Ana Thaís Sousa Barros, Débora Veras da Ponte, Ana Letícia Vieira de Oliveira Pinheiro, Erlane Brunno Cunha Ferreira, Amanda Melo Vieira, Monyque Coelho Fontenele, Naiana Teles de Andrade

Resumo


Caracterização do problema: O câncer é uma experiência traumática, sobretudo para o paciente pediátrico. No contexto da hospitalização este é submetido a medicações e procedimentos invasivos que o incluem num estado de sofrimento contínuo e marcante. Não raro, percebe-se a descaracterização da essência infantil, pois a hospitalização e a debilidade física impossibilitam o brincar, facilitam perda vínculos sociais e viabilizam a vivência de um estresse psicológico por ter uma doença muitas vezes fatal como o câncer. Nesse contexto, a humanização em saúde vem sendo estratégia utilizada para promover atividades lúdicas como uma forma de contribuir para o desenvolvimento psicossocial dos pacientes apesar de sua doença. Descrição da experiência: O Plantão Alegre foi fundado pela Faculdade de Medicina Unichristus com intenção de priorizar a humanização no cuidado ao paciente oncológico pediátrico. O grupo de acadêmicos previamente selecionados que integram este projeto embasam suas ações em experiências semelhantes. A equipe de clown-doutores realiza atividades lúdicas, como jogos, conto de estórias, pinturas e desenhos, danças, teatro e malabarismo em duas instituições em Fortaleza. A Unidade Oncológica do Hospital Infantil Albert Sabin e o Lar Amigos de Jesus são frequentados aos domingos pela manhã. Lá os integrantes fantasiados interagem com os pacientes, propiciando momentos de descontração que aproximam o enfermo da realidade à qual estava acostumado, promovendo momentos em que a criança experiência o breve esquecimento de sua condição. Além disso, estimula-se a expressão de cada criança para entender-se as dificuldades particulares no enfrentamento da doença e contribuir para sua superação. Efeitos alcançados: Observa-se em cada vivência a transformação da rotina do paciente através da figura do clown-doutor, o que enriquece a relação médico-paciente e contribui para uma melhor adesão ao tratamento. Os acadêmicos humanizam o seu aprendizado através da percepção da enfermidade além do seu significado biológico, direcionando sua atenção para o processo de adoecimento próprio de cada indivíduo, o que reflete a formação de profissional comprometido com promoção de saúde e não apenas no tratamento de patologias. Recomendações: A vivência de ações como esta compõe a formação de um caráter social humanista raro, que prioriza a manutenção da existência digna e foca na pessoalidade de cada indivíduo. É necessário reproduzir ações similares num contexto global.

Palavras-chave


câncer; palhaçoterapia; clown; humanização; clown-doutores