Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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CONSTRUÇÃO DO ACOMPANHAMENTO MACRORREGIONAL NA SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL – A EXPERIÊNCIA DA MACRO NORTE
Liane Beatriz Righi, Anderson Beltrame Pedroso, José Inácio Lermen, Carla Cristiane Freire Correa, Adriano Henrique Caetano Costa, Giuliana Chiapin

Resumo


Caracterização: O texto apresenta e discute aspectos da prática de Apoio em desenvolvimento pelo grupo georreferenciado da macrorregião norte vinculado ao Departamento de Ações de Saúde (DAS) da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (SES/RS) com suporte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Política Nacional de Humanização (PNH). O Estado do RS está dividido em sete macrorregiões. As condições da SES indicaram a possibilidade da constituição de 06 equipes a partir da aglutinação de 02 regiões. Descrição da Experiência: A experiência consiste em oferecer apoio (CAMPOS, 2000) às equipes das Coordenadorias regionais de saúde que compõem a Macro Norte. A prática é sustentada pela produção de contratos (compromissos, metodologia e expectativas) e pela abertura às necessidades e demandas que surjam no processo (como o programa mais médicos). As atividades são planejadas e avaliadas em reuniões semanais (algumas acompanhadas por um apoiador externo a SES) e em oficinas de sistematização, conforme propõe (JARA, 2012). A experimentação e sistematização do Apoio Institucional dialoga com os temas da educação e do trabalho no cotidiano do SUS. A prática se desenvolve em uma permanente composição entre a agenda proposta pela SES/RS e Ministério da Saúde, as demandas decorrentes do pertencimento a um grupo temático e as ações planejadas e desenvolvidas nestes espaços para cada região tensionadas pelas necessidades e prioridades dos coletivos apoiados. A experiência está sendo sistematizada através de oficinas do grupo e de oficinas com todos os sujeitos que participam da experiência nas quatro coordenadorias regionais da macrorregião norte. Efeitos da Experiência: Há ampliação do protagonismo dos sujeitos, com mudanças no cotidiano do trabalho na SES e equipes apoiadas. Há constituição de novos espaços de formação para as IES envolvidas. A ampliação democracia institucional se expressa em mais espaço de diálogo e na avaliação de que estas práticas contribuem para melhorar o cotidiano do trabalho. Outro efeito é a desterritorialização disciplinar, com diminuição das certezas e abertura para o local e o cotidiano. O protagonismo implica sistematização em co-autorias. Recomendações: A prática em processo de sistematização dá pistas para a prática do apoio, especialmente em secretarias estaduais de saúde. Indica insuficiência e artificialidade na excessiva distinção entre apoio institucional e apoio matricial e limites na proposta de apoio temático.

Palavras-chave


Processos de Trabalho – Gestão do Trabalho – Apoio Institucional.

Referências


CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa.  Um método para análise e co-gestão de coletivos. São Paulo; Hucitec; 2000.

JARA H, Oscar. A Sistematização de Experiências: prática e teoria para outros mundos possíveis. tradução de Luciana Gafreé e Silvia Pinevro. Colaboração de Elza Maria Fonseca Falkembach. Brasília: CONTAG, 2012