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O governo federal, por meio dos Ministérios da Saúde e da Educação, vem implementando estratégias indutoras de mudanças na formação dos profissionais da saúde, visando sua adequação às necessidades da população e fortalecimento do Sistema Único de Saúde. A Unochapecó, em parceria com a Secretaria da Saúde de Chapecó (SSA) e Gerencia Regional de Saúde do Estado (GERSA), tem aderido a estas estratégias com destaque ao Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde). Objetivo: Analisar a percepção dos estudantes e sua participação na implementação do Pró-Saúde na Unochapecó. Metodologia: Estudo de caso, incluindo como sujeitos estudantes bolsistas do PET-Saúde que tenham participado do projeto Vivências Interdisciplinares e Multiprofissionais (VIM) da Unochapecó nos últimos 3 anos. Também participaram do estudo profissionais de saúde, professores e gestores vinculados ao Pró-Saúde. A coleta de dados, no segundo semestre de 2012, deu-se por meio de grupo focal com cada segmento separadamente, respeitando-se os preceitos éticos. A análise dos dados foi realizada mediante a análise temática. Resultados: Os estudantes relatam que são bem recebidos nas Unidades de Saúde. Sentem limitações quanto à integração ensino-serviço, embora perceba o movimento de mudanças pela implementação de projetos como o Vivências Interdisciplinares e Multiprofissionais/VIM, Pet-Saúde e estágios curriculares. Percebem a diversidade de cenários nas práticas pedagógicas e a integração entre os cursos, como um fator positivo. Referem sobrecarga dos professores gerando problemas de didática, planejamento de aulas e pouca inserção deste nas práticas. Para os demais atores, a participação dos estudantes nas atividades cotidianas do serviço e na comunidade gera mudanças na realidade, configurando-se como um espaço de aprendizado recíproco. Relatam que os estudantes ainda assumem postura de dependência diante dos professores necessitando de maior autonomia. Reconhecem que o Pró-Saúde e o PET-Saúde contribuem para o fortalecimento de atividades interdisciplinares, possibilitando um novo olhar acerca da realidade. CONCLUSÃO: A participação dos estudantes no processo reorientação da formação profissional em saúde ainda é frágil e precisa ser fortalecida com vistas a desenvolver uma postura mais autônoma e protagonista, favorecendo sua futura atuação em prol da consolidação dos princípios do SUS.

Educação em saúde; Ensino Superior; Protagonismo estudantil; Reorientação da formação profissional; Sistema Único de Saúde.