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A situação de saúde no Brasil é marcada por diversas iniquidades. A má distribuição de renda é tão prejudicial para a população mais pobres quanto para a sociedade como um todo, pois grupos com índice de renda mais equânimes, tem melhores condições de saúde quando comparados à grupos populacionais com renda superior distribuídas inequitativamente. As políticas públicas são medidas governamentais na tentativa de reduzir as iniquidades no Brasil, mas se faz necessário a participação popular na sua elaboração, efetivação, e operacionalização (BUSS e PELLEGRINI FILHO,2006). O controle social e as ações intersetoriais na efetivação do direito à saúde são reafirmadas nos atuais debates sobre a promoção da saúde, no que tange a complexidade das ações que deem conta do processo saúde-doença. O presente trabalho trata-se de um relato de experiência da construção de uma peça teatral cujo objetivo é estimular na população a reflexão sobre o direito à saúde e fomentar a participação social nesse processo. A construção da peça foi baseada da técnica do teatro do Oprimido de Augusto Boal, utilizando dos jogos para a construção dos personagens. A primeira etapa do trabalho foi a socialização de conhecimentos sobre promoção da saúde, direito à saúde e teatro, entre alunas do Bacharelado Interdisciplinar em saúde (BI saúde) e do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e em seguida a construção dos personagens, figurino, cenário e o roteiro, tudo de maneira coletiva e interdisciplinar.As temáticas trabalhadas foram violência, drogas, educação, afetividade, lazer e lixo, que surgiram de demandas de uma comunidade da periferia da cidade de Salvador, na Bahia, após a efetivação de um programa de promoção da saúde e qualidade de vida, cuja metodologia utilizada foi a da pesquisa- ação. A peça foi gravada em DVD, que será reproduzido em 500 cópias, para que se configure em uma ferramenta artística e crítica, que facilite a construção de um espaço lúdico de reflexão e discussão sobre a promoção da saúde e o direito à saúde, para pessoas e instituições, engajadas em trabalhos em comunidades.

Direito à saúde, teatro