Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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EDUCAÇÃO EM SAÚDE REALIZADA POR ENFERMEIROS DO SUS COM PACIENTES ADOLESCENTES USUÁRIOS DE ENTORPECENTES
Priscylla Renata Fernandes Nogueira, Rafael Britto de Souza, Ana Caroline Lima Vasconcelos, Erilaine Freitas Corpes

Resumo


Introdução: Até a década de 70, a internação psiquiátrica de dependentes químicos era considerada tratamento. Na década de 90, foram criados Centros e Núcleos de Atenção Psicossocial, nos quais a humanização dessa assistência começou. A adolescência é um período de grande vulnerabilidade para o uso de entorpecentes. Os enfermeiros do SUS devem estar preparados para reconhecer e atender às necessidades dessa população, que apresenta demandas específicas, pela em si ou pelas complicações decorrentes dela. Uma das estratégias para uma assistência humanizada e integral prestada a esses pacientes é a educação em saúde. Objetivo: Conhecer a atuação do enfermeiro do SUS na educação em saúde realizada com pacientes adolescentes usuários de entorpecentes. Metodologia: Estudo de revisão, no qual foi realizado um levantamento bibliográfico na base de dados LILACS. Os descritores foram enfermagem, SUS, educação e drogas. Foram encontrados 91 artigos e selecionados 14, em português, de 2009 a 2013. Resultados: Percebeu-se que os cuidados de enfermagem aos pacientes drogaditos não são prestados com a singularidade que deveriam. Para tratar um paciente usuário de drogas psicoativas, o enfermeiro precisa estar preparado, pois, além dos conhecimentos técnico-científicos, são necessários cuidados que considerem as peculiaridades de cada paciente. O diálogo entre o enfermeiro e o paciente é muito importante, aumenta o vínculo e a confiança entre ambos e pode levar o paciente a desabafar com o profissional sobre seu vício, colaborando para uma assistência mais eficaz,além de facilitar a adesão ao tratamento. A comunicação entre o enfermeiro e os familiares do paciente é fundamental, pois poderá tornar a família participante do tratamento,podendo acelerar a recuperação da pessoa. Uma das estratégias para estabelecer essa comunicação é a educação em saúde feita em CAPS e hospitais do SUS. Essa estratégia visa instruir os pacientes e seus familiares acerca dos prejuízos das drogas, através das explicações que o enfermeiro proporciona das dúvidas surgidas. A atuação do enfermeiro é essencial, pois são os profissionais que ficam mais tempo ao lado desses pacientes. Dessa forma, cabe à gestão do trabalho no SUS reconhecer essas necessidades de mudança no atendimento de drogaditos e elaborar alternativas para a qualificação dos profissionais de saúde que lidarão com esses pacientes.