Tamanho da fonte:
EDUCAÇÃO EM SAÚDE REALIZADA POR ENFERMEIROS DO SUS COM PACIENTES ADOLESCENTES USUÁRIOS DE ENTORPECENTES
Resumo
Introdução: Até a década de 70, a internação psiquiátrica de dependentes químicos era considerada tratamento. Na década de 90, foram criados Centros e Núcleos de Atenção Psicossocial, nos quais a humanização dessa assistência começou. A adolescência é um período de grande vulnerabilidade para o uso de entorpecentes. Os enfermeiros do SUS devem estar preparados para reconhecer e atender às necessidades dessa população, que apresenta demandas específicas, pela em si ou pelas complicações decorrentes dela. Uma das estratégias para uma assistência humanizada e integral prestada a esses pacientes é a educação em saúde. Objetivo: Conhecer a atuação do enfermeiro do SUS na educação em saúde realizada com pacientes adolescentes usuários de entorpecentes. Metodologia: Estudo de revisão, no qual foi realizado um levantamento bibliográfico na base de dados LILACS. Os descritores foram enfermagem, SUS, educação e drogas. Foram encontrados 91 artigos e selecionados 14, em português, de 2009 a 2013. Resultados: Percebeu-se que os cuidados de enfermagem aos pacientes drogaditos não são prestados com a singularidade que deveriam. Para tratar um paciente usuário de drogas psicoativas, o enfermeiro precisa estar preparado, pois, além dos conhecimentos técnico-científicos, são necessários cuidados que considerem as peculiaridades de cada paciente. O diálogo entre o enfermeiro e o paciente é muito importante, aumenta o vínculo e a confiança entre ambos e pode levar o paciente a desabafar com o profissional sobre seu vício, colaborando para uma assistência mais eficaz,além de facilitar a adesão ao tratamento. A comunicação entre o enfermeiro e os familiares do paciente é fundamental, pois poderá tornar a família participante do tratamento,podendo acelerar a recuperação da pessoa. Uma das estratégias para estabelecer essa comunicação é a educação em saúde feita em CAPS e hospitais do SUS. Essa estratégia visa instruir os pacientes e seus familiares acerca dos prejuízos das drogas, através das explicações que o enfermeiro proporciona das dúvidas surgidas. A atuação do enfermeiro é essencial, pois são os profissionais que ficam mais tempo ao lado desses pacientes. Dessa forma, cabe à gestão do trabalho no SUS reconhecer essas necessidades de mudança no atendimento de drogaditos e elaborar alternativas para a qualificação dos profissionais de saúde que lidarão com esses pacientes.