Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA AO PARTO NO INSTITUTO DA MULHER DONA LINDU: UMA ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR E DA PERIGRINAÇÃO DE PUÉRPERAS NO MUNICÍPIO DE MANAUS-AM
Erica dos Santos Navegante, Rosana Pimentel Correia, Stephanie Cella de Souza Franco, Bárbara Misslane da Cruz Castro

Resumo


Introdução: A gravidez e o parto são importantes acontecimentos na vida de homens e mulheres, e integra todos envolvidos e suas famílias. A assistência qualificada as gestantes tem o objetivo de diminuir as taxas de morbimortalidade materna e infantil. Atualmente o MS pela Rede Cegonha visa organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para garantir resolutividade na assistência, reduzir a mortalidade, acolher com classificação de risco e vulnerabilidade, ampliar o acesso e melhoria da qualidade do pré-natal, garantir o vínculo à instituição de referência e ao transporte seguro, segurança no parto e nascimento. A Rede Cegonha reconhece que as regiões Norte, Nordeste e a Amazônia Legal necessitam de maior investimento. Objetivo: Analisar o pré-natal e parto identificando as características relacionadas à internação e peregrinação anteparto de mulheres internadas no alojamento conjunto de uma maternidade estadual no município de Manaus-AM. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quanti-qualitativa, de caráter exploratório e descritivo. A amostra da abordagem quantitativa foi composta por 331 mulheres puérperas que preencherem os critérios de inclusão do estudo. Para amostra da abordagem qualitativa não será traçado um número definido ou pré-determinado, mas usar-se-á o critério de exaustão. Os dados dos questionários serão organizados, tabulados e submetidos a estatística descritiva com utilização do Programa SPSS 20.0. Resultados e Discussão: Na análise dos dados já coletados foi detectado que as gestantes realizam em média 05 consultas pré-natal, das que não realizam 85% são multíparas ou moram em municípios distantes da capital, ou os recursos financeiros são escassos para locomoção. Na pesquisa qualitativa o motivo pelo qual não realizou o pré-natal foram: “foi descuido mesmo”, “sou do interior e não tem médico onde moro”, “não sabia que estava grávida, descobri tarde e não deu tempo para começar o pré-natal”. Quando analisados os fatores que influenciam na qualidade ou na falta de acompanhamento pré-natal: baixa escolaridade, do lar, casadas, de baixa renda financeira. Em relação a peregrinação anteparto, o principal motivo foi a falta de aparelhos de ultrassonografia obstétrica, seguido de alta quando a gestante não estava com dilatação acima de 02cm e falta de leitos obstétricos em outras maternidades. Em todos os casos de peregrinação não foi respeitado o direito da parturiente ao transporte seguro preconizado na Estratégia da Rede Cegonha. O Sistema de Regulação de Leitos deve garantir leitos para parturientes evitando a peregrinação, com direito transferência na ambulância da maternidade. Cabe às secretarias de saúde desenvolver ações para minimizar a peregrinação, mortalidade materna e neonatal. Conclusão: as principais razões para redução de consultas de pré-natal foram: ser multíparas e desinteresse. Em relação ao parto foi identificada a falta de equipamentos nas maternidades. Com a Rede Cegonha espera-se que a assistência prestada no parto e puerpério seja dentro dos princípios norteadores da humanização e que a peregrinação anteparto esteja reduzida.

Palavras-chave


Acesso aos Serviços de Saúde, Assistência Integral à Saúde, Cuidado Pré-Natal.