Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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AVALIAÇÃO DOS USUÁRIOS E DOS AGENTES DE SAÚDE SOBRE A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) MIRIAN PORTO MOTA; FOTALEZA-CE
Jonatas Dias Elias, Tulius Augustus Ferreira de Freitas, Katiane do Vale Vieira, Lucas Raulino Almeida, Juliana Landim Viana, Jéssica Studart Matos Campos, Juarez Jucá Queiroz Neto, Lara Facundo de Alencar Araripe, Larissa de Alencar Araripe Neto, João Arquimedes Araújo Neto, Karen Regina Martins Soares, Laís Gomes Neves, Kaio Cezar Ferreira, Lara Maria Coelho Rego, Marilia Fonteles Dias

Resumo


O problema em questão consiste nas deficiências da UBS a partir da percepção e da necessidade de cada usuário. O contexto social não pode ser dissociado do processo saúde-doença. Isso torna-se visível quando, ao ser inferido sobre sua visão da UBS, o entrevistado responde entrelaçando fatores que influenciam indiretamente a qualidade desta, como violência e transporte público. Nessa experiência, foram colhidos depoimentos de pessoas que utilizam os serviços do posto a respeito da sua visão sobre os serviços que são oferecidos na UBS, o trabalho dos agentes de saúde e como é o acesso à UBS. Foi inferido também sobre como é o atendimento e sobre a disponibilidade dos medicamentos. A seguinte citação remete às percepções da usuária 1 que relatou uma visão negativa sobre determinados serviços: “... geralmente os principais faltam ... muitas vezes, acabo tendo que comprar, pois não estão disponíveis na unidade, em muitas faltam medicamentos. (sic)” e “ A organização deve ser melhor, nem sempre ter médico disponível no dia ... e em relação aos medicamentos, devem aumentar a disponibilidade, pois faltam muitos.”, mostrando que esse problema da falta de recursos é recorrente. A usuária 2 relata uma visão do processo saúde-doença relacionado à violência: “É longe e eu vou a pé, ... das duas últimas vezes que eu fui, ele foi me deixar(meu marido), que eu ia cedo né e faz muito medo da gente sair de casa cedo... Por isso que esse ano eu não fiz prevenção, porque eu tive de medo de ir. (sic)” Procuramos, também, a visão dos agentes de saúde em relação a UBS, sobre a sua relação com os outros profissionais e o que pode ser melhorado no posto de saúde. O agente 1,por exemplo, relatou que considerava o seu trabalho indispensável para um melhor acesso da população à saúde, “É o vínculo com a comunidade, é um elo. Eu marco consulta, marco exame e quando precisam de visita domiciliar do médico, eu aviso minha chefe, ela avalia e a equipe vai lá. (sic)”, o agente 2 revelou uma realidade já expostas pelos usuários, em relação a falta de recursos: “... no nosso posto faltam o samis que é pra marcar os exames, falta um laboratório. Por que se a gente tivesse esses equipamentos ajudaria muito na rapidez dos atendimentos! (sic).” Isso mostra a complementaridade das visões das duas partes. O efeito alcançado foi a melhor compreensão do que o Sistema Único de Saúde (SUS), pela figura da UBS, representa para duas classes funcionais diferentes, aquela que faz uso dele e aquela que exerce sua profissão por meio dele. Recomenda-se a resolução ou, pelo menos, amenização dos problemas apontados pelos pacientes, tanto os intrínsecos ao processo saúde-doença, como a falta de medicamentos e deficiência de médicos, quantos os extrínsecos, como diminuição da violência urbana, dessa forma garantindo aos usuários da UBS o pleno direito à saúde de qualidade pelo SUS.

Palavras-chave


UBS,usuários,SUS,agentes de saúde,relato de experiência