Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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FORTALECENDO O APOIO INSTITUCIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Gabriela Rêgo de Almeida Muñoz, Carmen Lúcia Martins Tropiani Nogueira

Resumo


A Estratégia de Saúde da Família (ESF) está em expansão nos municípios desde 1994. No município do Rio de Janeiro, a partir do ano 2000, a ESF vem sendo implantada gradativamente nas dez áreas de planejamento (AP). A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou o Projeto Saúde Presente, que marca o início de uma nova fase para a rede assistencial em saúde na cidade. Teve seu início em novembro de 2009, pela AP 5.3, focalizando a reorganização da atenção primária com a expansão da cobertura pela ESF, na totalidade do território adstrito da região. Em 2012, a região alcança a marca de 96% de cobertura da ESF, com 105 equipes de saúde da família e 56% de saúde bucal. Com isso houve um grande investimento quantitativo, não só na estrutura física quanto de equipamentos e de recursos humanos. Foi necessária uma adequação do papel das divisões da coordenação de saúde local, sendo uma delas a Divisão de Ações e Programas de Saúde (DAPS), cuja função é de apoio técnico e educativo junto aos profissionais de saúde que atuam diretamente na assistência e de apoio à gestão dos serviços de saúde. Logo, foi imprescindível redirecionar o processo de trabalho para a qualificação das ações em saúde pelas equipes. No ano de 2013, a CAP 5.3 fortalece a proposta de formação de profissionais que atuam no apoio institucional, através de uma oficina realizada pelo DAPS voltada para a organização do Apoio Institucional, na área. Na perspectiva aqui colocada, segundo o QualiSUS (2011) “a função Apoio Institucional se concretiza num modo inovador de se fazer coordenação, planejamento, supervisão e avaliação em saúde, com o objetivo de fomentar e acompanhar processos de mudança nas organizações,” revendo e articulando conceitos e tecnologias advindas da análise institucional e da gestão. Os objetivos da oficina foram: pactuar o contrato de convivência; identificar a percepção dos profissionais sobre o trabalho de apoio institucional na ESF; apresentar a trajetória da Atenção Primária à Saúde no Brasil e no Rio de Janeiro; discutir os problemas levantados pelos apoiadores a partir das experiências vivenciadas; construir um plano de apoio institucional do DAPS da AP 5.3, com base no diagnóstico das unidades e avaliar o diagnóstico situacional. Para o desenvolvimento da oficina foram utilizadas como ferramentas a exposição dialogada, a construção coletiva e questionário individual, com questões abertas. Como resultados alcançados houve a construção de um roteiro de visita do apoiador, a definição do papel do apoiador e a elaboração de uma matriz de intervenção para atuar sobre as fragilidades encontradas. A avaliação trouxe a relevância do trabalho diante da compreensão dos papéis tanto pelos apoiadores quanto pelos gerentes das unidades e suas equipes, melhoria na comunicação e utilização dos indicadores de saúde e dados de produção para avaliação e organização da assistência nas unidades de atenção primária da AP 5.3.

Palavras-chave


apoio institucional;estratégia de saúde da família