Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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BRICOLAGEM DA EDUCAÇÃO FÍSICA: INTERVENÇÕES FEITAS DE CIÊNCIA E ARTE NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE
Márcia Fernanda e Méllo Mendes, Cristianne Maria Famer Rocha

Resumo


Este trabalho tem por objetivo compartilhar os resultados da pesquisa sobre o tema da intervenção do PEF na rede pública de saúde, a partir da percepção dos próprios profissionais. Neste estudo analisamos as atividades realizadas pelos educadores físicos, investigando a intencionalidade nas atividades propostas e como a formação profissional influencia na intervenção. Foram realizados dois grupos focais com um total de onze profissionais que atuam na rede pública de saúde. Identificamos quatro categorias de análise: Trajetórias, Sujeitos e Intersecções; A Formação Profissional e a Graduação em Educação Física; Intervenção Profissional da Educação Física na Saúde; e a Residência Multiprofissional em Saúde. A primeira categoria apontou que os sujeitos da pesquisa traçaram caminhos distintos até chegarem no serviço de saúde, mas o comum é que os profissionais não tinham o conhecimento prévio do seu papel neste local de intervenção. No que tange a formação acadêmica constatamos que os cursos de graduação pouco contemplam disciplinas que abordem assuntos que envolvam a saúde coletiva, havendo muitos os pontos de tensão nesta área. Na categoria intervenção profissional, houve uma diferença entre um grupo e outro, um descreveu as atividades que os integrantes realizavam nos serviços de saúde, enquanto o outro se posicionou afirmando que o primordial seria propor ações centradas no sujeito, na sua realidade de vida e do contexto do serviço de saúde. Houve relevância na discussão a diferença entre práticas corporais e atividade física. Na categoria da RMS percebe-se que houve uma grande expansão, mesmo sem estrutura e profissionais qualificados para atuarem, no entanto, ela configura-se como uma oportunidade de vivências supervisionadas na saúde, ampliando a compreensão do fazer no Sistema único de Saúde. Este estudo provocou outros olhares sobre a questão, posto que as discussões realizadas nos grupos focais transitaram por terrenos que, ao começar, eu não imaginava que se desvendariam. Percebi que os trabalhadores constroem cotidianamente o fazer, através de vivências, reflexões, buscam pistas que os orientem e, algumas vezes, definam o que compete ao educador físico na rede pública de saúde.

Palavras-chave


práticas corporais; formação profissional; saúde coletiva; residência multiprofissional em saúde