Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ENFERMAGEM E O PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE MENTAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Sara Cordeiro Eloia, Suzana Mara Cordeiro Eloia, Eliany Nazaré Oliveira, Danyela dos Santos Lima, Maria da Conceição Alves Silva

Resumo


Introdução: Destacando a saúde mental como área de atenção à saúde influenciada por valores históricos, políticos e sócio-culturais, percebe-se a transformação das práticas de cuidado ocorridas nos últimos anos, com o objetivo de reintegração social e de cidadania das pessoas com transtornos mentais. Neste contexto, faz-se necessário o entendimento dos processos de trabalho em saúde que visem superar a atenção médico-centrada por uma postura terapêutica, humanista e de autonomia profissional (VILELA, 2002). Objetivo: O estudo tem o objetivo de identificar as evidências científicas disponíveis na literatura que abordem os processos de trabalho da enfermagem em saúde mental, no contexto da reforma psiquiátrica. Metodologia: Pelo método de revisão integrativa, realizou-se a busca de estudos junto à BVS, acessando as bases de dados LILACS, MEDLINE, BDENF, como também no portal da CAPES, entre os meses de julho e agosto de 2013, a partir dos descritores: serviços de saúde mental, saúde mental, trabalho e enfermagem, associados pelo operador booleano and. Ressalta-se que os critérios de inclusão foram: estudos que apresentassem o processo de trabalho da equipe de enfermagem em saúde mental no contexto da reforma psiquiátrica, apresentados na língua portuguesa e em espanhol, como texto completo e disponível eletronicamente, dentre os anos de 2007 a 2012. A análise dos resultados ocorreu por meio da técnica de análise textual qualitativa. Resultados: Identificaram-se 20 artigos científicos com destaque para os processos de cuidar e de ensino. A análise dos resultados resultou em categorias, a saber: “O Cuidado em saúde mental: como ele acontece na prática profissional da enfermagem?”, “Limites e desafios do processo de trabalho da enfermagem em saúde mental”, e a “Constituição de competências na formação e prática da enfermagem na saúde mental”. Conclusão: Ressalta-se a importância de maior intervenção no ambiente social da pessoa com transtorno mental pela equipe de enfermagem, a reorganização das relações envolvidas no cuidado e nos processos formativos dos cursos de graduação com base na reforma psiquiátrica, a adoção de tecnologias em educação em saúde que viabilizem contextos inovadores à prática profissional, e o interesse da gestão para a qualificação profissional.

Palavras-chave


Enfermagem; trabalho; saúde mental

Referências


VILELA, S. C. Assistência de enfermagem em serviços abertos de saúde mental: construindo a prática. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2002.