Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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NO COMPASSO DA HUMANIZAÇÃO: A DANÇA CIRCULAR E O PROCESSO CUIDAR EM ENFERMAGEM
João Mário Pessoa Júnior, Geilson Gonçalves de Lima, Francisco de Sales Clementino, Eliane Santos Cavalcante, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda

Resumo


Introdução: A Política Nacional de Humanização (PNH) tem impulsionado o processo de mudanças nas práticas assistenciais no setor saúde, reforçando a capacidade do profissional de ir além da competência técnica, científica e política, com o fortalecimento as relações interpessoais, pautadas no respeito ao ser humano e à vida. Nesse contexto, a dança circular representa um elo de comunicação e de expressão individual humana, por meio de movimentos corporais livres desvelam-se sentimentos, subjetividade; mediando relações e fortalecendo o fazer criativo. Partindo de tais perspectivas, cabe refletir sobre a necessidade de repensarmos o processo de cuidar humanizado em Enfermagem no contexto da PNH, e, dessa forma, buscarem-se novas possibilidades e estratégias para impulsionar uma prática assistencial em saúde pautada na ética e respeito ao próximo. Objetivos: Refletir sobre a humanização e processo cuidar em enfermagem, tendo como eixo estratégico o dispositivo das danças circulares. Método: Trata-se de um estudo reflexivo e qualitativo, elaborado a partir de revisão de literatura em bases de dados, além de experiências profissionais vivenciadas nos serviços de saúde. Resultados: Observa-se que a humanização e cuidado são elementos indissociáveis e interligados, onde o ser humano é identificado ou evidenciado pela capacidade de cuidar. Dessa forma, o cuidado humanizado ocorre a partir da interação dialógica entre enfermeiro/usuários e se apresenta como uma possibilidade de construção de práticas assistenciais alicerçadas num trabalho criativo e ético. E, a criatividade do enfermeiro cuidador remete a inúmeras possibilidades como as danças circulares, estimulando os usuários aflorar o emocional inconsciente possibilitando ao enfermeiro a atuar de forma efetiva nas lacunas expressas através dos gestos advindos da dança. Conclusão: O profissional de enfermagem devido à sobrecarga imposta pelo cotidiano do trabalho acaba por prestar uma assistência mecanizada, tecnicista e pouco humanizada, onde se a ideia da fragmentação do cuidar. Assim deve-se avançar em direção ao cuidar em enfermagem voltando-se ao acolhimento do usuário e no fortalecimento da autonomia profissional, permitindo uma relação dialógica entre ambos. Destarte, reconhece-se, portanto, a relevância da dança circular no que concerne à humanização no cuidado de enfermagem.

Palavras-chave


Cuidados de enfermagem; Relações interpessoais; Humanização da assistência.

Referências


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