Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERCEPÇÃO SOBRE OBESIDADE INFANTIL NO PROGRAMA SAÚDE ESCOLAR COM ESTUDO DA INFLUÊNCIA FAMILIAR NA SAÚDE DAS CRIANÇAS
Mariana Joaquim Novaes, Monise Demattê Avona, Lara Dias Almeidinha, Ali Ibrahim Yassine, Maria Angélica Vilarinho Rossi, Gabrielle Hernandes Navarro, Juliana Rossafa Mendes, Marisa Laporta Chudo, Rodolfo Pessoa de Melo Hermida, Renata Salgado Guerra

Resumo


Caracterização do problema: Pesquisas mostram que o país tem 6,7 milhões de crianças obesas e, nos últimos 20 anos, o excesso de peso em crianças, entre 5 e 9 anos, saltou de 4,1% para 16,6% entre os meninos e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. A partir de trabalhos por nós realizados em duas escolas no município de Guarulhos, notamos sobrepeso e obesidade em muitas crianças, o que nos levou a analisar seus hábitos alimentares. Buscamos entender os motivos de tantas crianças apresentarem excesso de peso, pesquisar a alimentação dos alunos recebidas pelos pais e relacionar as respostas dos questionários com a antropometria realizada. Descrição da experiência: Inicialmente fizemos antropometria das crianças e cálculo de IMC, os quais nos forneceu informações para a identificação dos alunos com obesidade e sobrepeso. Depois, realizamos dois questionários, um a ser respondido pelos alunos (do ensino fundamental), abordando perguntas a respeito de sua alimentação ao longo do dia, e outro pelos pais (de ambas as escolas), sobre o conteúdo das refeições servido a eles. Através dos questionários analisamos questões tais como: número de refeições realizadas por dia e costume de alimentar-se adequadamente. Efeitos alcançados: Através dos resultados desses questionários, foi constatado nas respostas que os hábitos alimentares da maioria das famílias são saudáveis, o que contradiz os dados antropométricos. Assim, pode-se pressupor que as respostas ou apresentaram falta de veracidade por parte das mães/responsáveis, ou falta de compreensão das perguntas por motivos sócio-econômico-culturais que elas estão inseridas, além da omissão de informações. Constatamos o quanto as famílias são responsáveis pelos hábitos alimentares das crianças, e quão despreocupados estão para a saúde delas, ausentando-se frente a esse grave problema. Recomendações: A partir de um trabalho multidisciplinar, desenvolver orientações educativas em saúde para conscientizar pais e responsáveis quanto a importância da alimentação saudável, da qualidade de vida e das consequências que a obesidade traz, tratar as crianças obesas ou com sobrepeso através de estímulos a atividades físicas, acompanhamento médico e nutricional. Acreditamos que a união de forças entre profissionais, escola e família é o ideal para o combate da obesidade infantil. Essa é uma tarefa difícil pois envolve uma mudança de hábitos alimentares associados aos fatores culturais em que estão inseridos.