Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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SEMINÁRIOS DE TERRITORIALIZAÇÃO: ESTRATÉGIA DE DISCUSSÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA TERRITORIALIZAÇÃO NA AP 3.1 DO MRJ
Licia Magna Silva de Lima, Marcia Reis da Silva

Resumo


A territorialização do sistema local de saúde é o ponto de partida para a organização dos serviços e ações de saúde, segundo Teixeira et al (1998). O processo de territorialização constitui-se elemento fundamental para se trabalhar os problemas e necessidades da população, e é a ferramenta básica para o planejamento em saúde. Como parte do processo de gestão da APS na AP 3.1 do MRJ, realizamos “seminários de territorialização” como estratégia de discussão e sistematização da territorialização nesta área, visando à adequada organização dos serviços, por meio da delimitação da abrangência das unidades de saúde, seja ela ESF ou APS tradicional. São duas modalidades de seminários, um com as unidades de ESF, que tem como objetivo geral: rediscutir os seus territórios, entendendo que esse é um processo dinâmico que requer revisão constante do mapeamento das áreas das unidades; e como objetivos específicos: discutir e fomentar a utilização dos instrumentos utilizados para realizar a territorialização na AP 3.1, uniformizando esse processo. A outra modalidade é com as unidades de APS tradicional, que tem como objetivo geral: definir um território de cobertura de APS, para as localidades sem cobertura de ESF; e como objetivos específicos: apresentar os territórios de cobertura de ESF da AP 3.1, e apresentar os instrumentos utilizados na territorialização. Os instrumentos utilizados para realizá-la são: aplicativo Google Terra®, arquivos de extensão kml dos contornos dos territórios e dos códigos dos setores censitários (SC) do Censo 2010, e dos limites das unidades, e planilha do EXCEL® com as informações do Censo 2010. As limitações na utilização do método são: requer domínio no manuseio do Google Terra®, ausência de dados em alguns SC na planilha de informações do Censo 2010, e SC heterogêneos. As vantagens da utilização deste método são: agilidade na obtenção da população coberta pelas unidades de ESF; estimativa, com certa precisão, da população coberta com a ESF. Principais resultados obtidos: identificação de “buracos nos territórios”, onde essa cobertura deve estar presente; falhas no método de mapeamento, apresentando estreitamento de áreas de cobertura, e/ou equipamentos excluídos do território; áreas limítrofes entre unidades de ESF, que ficam descobertas por ausência de definição desses limites entre as unidades; reconhecimento por parte das unidades tradicionais de seus territórios de atuação e da população de fato a ser atendida.

Palavras-chave


Territorialização; Atenção Primária à Saúde; Gestão

Referências


TEIXEIRA, C. F., PAIM, J. S. e VILASBOAS, A L. SUS, Modelos assistenciais e vigilância da Saúde. Informe Epidemiológico do SUS, vol. VII (2) CENEPI/MS, Brasília DF, 1998. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/6168/1/Paim%20JS.%20Texto%20Modelos%20Assistenciais.pdf. Acesso em: 14/12/2013