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O PAPEL DO TUTOR NA ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA: DIALOGANDO SOBRE ESSA INSTIGANTE EXPERIÊNCIA
Resumo
Caracterização do problema: O Ministério da Saúde tem investido esforços para o fortalecimento e qualificação da Atenção Básica. Uma das estratégias é a qualificação das equipes da ESF, tendo como base os princípios da Educação Permanente. Mesmo com as mudanças curriculares ocorridas para transformar a formação dos profissionais, percebemos que muitos ainda são oriundos de uma formação baseada no modelo biomédico, sem valorização da formação generalista e falta de percepção para as questões do território. Nesse contexto dezenas de profissionais têm aderido à Especialização em Saúde da Família, à distância, ofertada pela UNASUS. A metodologia EaD vem atender a essas questões, possibilitando o acesso a conteúdos que contribuam para a qualificação da prática profissional, além de fomentar a troca de experiência entre os diferentes atores que atuam na ESF. Essa modalidade tem na figura do tutor um apoiador do aluno, incentivando a participação, fomentando a troca de experiência e mediando a problematização da prática através de conceitos norteadores. Objetivo: dialogar sobre o papel do tutor na mediação com o aluno, tendo como base os preceitos da Educação Permanente. Descrição da experiência: a experiência se deu nos anos de 2012 e 2013. Percebeu-se que o acompanhamento dos alunos exigiu do tutor o desenvolvimento de novas habilidades que pusessem atender às exigências desse novo modelo de produção de conhecimento e a capacidade de mediação que contemplasse a problematização da prática profissional. Foi importante identificar a singularidade de cada aluno e os diferentes cenários onde atuam, respeitando as diferenças e incentivando a participação nas atividades interativas. Constatou-se a fragilidade do vínculo do aluno ao curso, que culminou muitas vezes com o abandono ou desligamento. Isso nos levou a refletir sobre o papel do tutor na vinculação e adesão ao curso. O tutor precisa estar aberto, atento e com uma capacidade de adaptação permanente, ter maturidade e experiência profissional. Ao tutor cabe estimular a autonomia do aluno, ter capacidade de problematizar e incentivar a visão crítica. Resultados alcançados: Essa experiência permitiu refletir sobre a complexidade do papel do tutor e modificar a prática de tutoria. Recomendações: Sugerimos algumas proposições que devem permear o trabalho do tutor, tais como: estimular a participação e autonomia do aluno, problematizar a prática profissional, incentivar a visão crítica sobre o trabalho.
Palavras-chave
Educação à Distância; Educação Permanente; Tutoria EaD
Referências
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